A Energisa em Mato Grosso do Sul negou, na tarde desta sexta-feira (13), que tenha interferido nos trabalhos de perícia pedidos pela CPI da Assembleia Legislativa, que investiga supostas irregularidades da empresa. Em nota, a concessionária alega que só pediu informações técnicas a um professor que seria responsável pela perícia dos medidores de consumo.
Conforme divulgado nesta sexta-feira, a Energisa foi notificada pela Comissão porque um técnico que acompanha a investigação teria feito contato com o professor-doutor da Universidade de São Carlos, Rogério Andrade Flauzino. A interpretação da presidência da CPI foi a de que esse contato seria uma interferência nos trabalhos da comissão.
Diante da suposta interferência, os membros da CPI enviaram um ofício à Energisa, pedindo que ela se abstivesse de manter contato com as entidades envolvidas no trabalho de perícia para a investigação.
Porém, em nota enviada ao site, a Energisa esclareceu ''que seu representante técnico nomeado para acompanhar na CPI, nos termos e prerrogativas garantidas na legislação processual civil, entrou em contato com a Universidade de São Carlos, sem sucesso, por meio do professor Rogério Andrade Flauzino para entender os procedimentos técnicos a serem adotados na aferição dos medidores contratada pela CPI''.
De acordo com o ofício da empresa enviado para a UFSC, uma das perguntas era se a universidade paulista teria acreditação do Inmetro para fazer os testes metrológicos e se a instituição poderia apresentá-las.
A concessionária explicou ainda que não houve proibição de contato pela comissão parlamentar, e que o ofício enviado para a Energisa, foi posterior a tentativa de contato realizada pela concessionária.
Leia na íntegra a nota da Energisa
A Energisa esclarece que seu representante técnico nomeado para acompanhar na CPI, nos termos e prerrogativas garantidas na legislação processual civil, entrou em contato com a Universidade de São Carlos, sem sucesso, por meio do professor Rogério Andrade Flauzino para entender os procedimentos técnicos a serem adotados na aferição dos medidores contratada pela CPI.
A concessionária protocolou na universidade um requerimento com perguntas técnicas sobre a metodologia realizada pela perícia e a qualificação da instituição para tal. A Energisa busca coletar informações acerca da acreditação dos laboratórios da USP São Carlos perante o INMETRO, que é o órgão que atesta a capacitação para manipular os medidores de energia das distribuidoras de energia elétrica. A ausência dessa acreditação torna a perícia inválida.
Explica ainda que NÃO houve proibição de contato pela comissão parlamentar, e que o ofício enviado para a Energisa, foi posterior a tentativa de contato realizada pela concessionária.
A concessionária reitera que NÃO se opõe à investigação, tampouco à realização da prova técnica, mas que algumas informações são estritamente necessárias para que o processo tenha valor técnico e legal, e para que não gerem desperdício de recurso público.