A empresária campo-grandense Sandra Bitencourt vive uma situação que pode ser considerada contraditória. Moradora de Portugal, ela é apoiadora do partido nacionalista Chega, que milita contra a imigração no País europeu.
Sandra se diz conservadora, brasileira e está há 22 anos em Portugal, e não vê nenhuma contradição na situação. “(O Chega) não é contra a imigração, é contra a imigração sem organização”, diz a campo-grandense, em entrevista ao DW Brasil, noticiário com origem alemã.
A comunidade brasileira é o maior grupo de imigrantes em Portugal atualmente. Segundo o jornal, a ascensão do partido nacionalista Chega é sustentada, em parte, por um eleitorado brasileiro comprometido. São imigrantes conservadores que acreditam na agenda liderada por André Ventura: contra a migração desenfreada e pelos valores da família.
No próximo domingo (10), mais de 10,8 milhões de eleitores vão às urnas para as eleições legislativas, em Portugal. As eleições no país, segundo o Portugal Forbes, que terminaria apenas em 2026, foi interrompida após a demissão do primeiro-ministro, António Costa, em novembro do ano passado, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.
O Partido Nacionalista Chega, considerado de extrema-direita, é um dos principais favoritos à vitória, pois conta com um grande eleitorado brasileiro comprometido com suas pautas conservadoras. A sigla, que é contra a imigração no país, também tem ganhado cada vez mais a admiração de uma boa parcela dos portugueses, principalmente os indecisos.
A reportagem da DW, parceira do Metrópoles e TopMídiaNews, foi a Lisboa saber o que levam brasileiros a apoiar uma força política tão controversa num país de tradição liberal. Veja no vídeo abaixo: