A DIGITHOBRASIL, hoje Digix, empresa pivô do escândalo do Detran, funcionava no mesmo escritório do então deputado estadual, Ary Rigo (PSDB), em Campo Grande. Investigação do Gaeco também apontou que um dos sócios, Jonas Schimidt das Neves, era funcionário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O local fica na Rua Spipe Calarge, no Jardim TV Morena, e, conforme apuração do grupo especial, até 2010, Rigo ocupava as salas frontais e a DIGITHOBRASIL as dependências do fundo.
O ex-deputado, pivô da Operação Uragano e não reeleito em 2014, é tido como sócio-oculto da empresa que movimentou mais de 340 milhões de reais, sendo maior parte dos recursos provenientes de órgãos públicos estaduais.
(Digithobrasil recebia quantia vultuosa da Agehab - TPNews)
No mesmo local, uma das ex-sócias da DIGITHOBRASIL e até então administradora da sociedade, Suely Aparecida Carrilhos de Almôas, mantinha outras duas empresas, a Digitec, que prestou serviços à Sanesul e a Digito Processametno de Dados. A DIGITHOBRASIL ficou marcada por ser, segundo as investigações, generosa doadora para campanhas políticas, principalmente para o PMDB.
Ainda conforme a investigação, a DIGITHOBRASIL, que começou com o nome de Websoft Engenharia de Software, foi criada em 2001 com capital social de apenas dois mil reais. O quadro societário era formado por: Suely Aparecida Carrilhos de Almôas; Jonas Schimidt das Neves; Wilson Silva Pinto; Antonio Felício Netto; Luciana de Paula Brito, Joeavá Carneiro de Almeida; Waldemar Maldonado; Rosangela de Andrade Thomaz e Eliane Dias Terra da Silva.
Ainda conforme o Gaeco, as investigações ganharam corpo após registros de movimentações financeiras atípicas, apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, vinculado ao Banco Central do Brasil. Sócios do grupo, que tinham renda média de R$ 18 mil movimentavam até 30 vezes mais que sua capacidade financeira.