Embalado pelo presidente Jair Bolsonaro, que critica o sistema eleitoral brasileiro, o deputado estadual Capitão Contar iniciou uma campanha pelo retorno do voto impresso. Ele alega que assim seria possível auditar o processo.
“O nosso sistema eleitoral é moderno e rápido. Porém, seria muito mais confiável se pudéssemos auditar e conferir os resultados das eleições. Qualquer sistema eletrônico é passível de erros e a nossa democracia não pode ficar refém dessa possibilidade”, publicou nas redes sociais.
Eleito campeão de votos na Assembleia Legislativa, Contar não questionou o resultado das urnas nas últimas eleições. Agora, no entanto, ele alega que os ataques aos sistemas eletrônicos estão cada vez mais comuns.
“Fraudes e golpes por meios eletrônicos são cada vez mais comuns em nosso dia a dia, fato que não nos deixa mais seguros quando o assunto é urna eletrônica. Ora, os países ricos e desenvolvidos ainda se utilizam do antigo sistema de conferência manual dos votos, o que afasta qualquer erro eletrônico e permite recontagem e auditoria”, diz.
No sistema sugerido por Contar, uma impressora conectada à urna eletrônica imprime dois recibos. O eleitor os confere, deposita um deles em uma caixa e leva o outro para casa. Ao final da eleição, os mesários, fiscalizados por testemunhas, conferem os votos, confrontando com os resultados da urna eletrônica.
Como observações, o deputado destaca que “o recibo impresso depositado na URNA conteria os números do candidato, para conferência ao final da eleição” e “o recibo impresso que fica com o ELEITOR seria apenas um protocolo da votação, sem conter os dados dos candidatos escolhidos. Dessa forma, o voto continuaria secreto”. Ou seja, não seria um comprovante para eventuais compras de votos.