Um dia após ser solto, o ex-presidente Lula falou novamente a militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e simpatizantes do movimento “Lula Livre” em carro de som no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). As informações são do site Metrópolis.
Em discurso que durou 44 minutos, na tarde deste sábado (9), o petista se disse “livre como um passarinho” e adiantou que pretende fazer outro pronunciamento em 20 dias. Ele atacou o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a quem classificou de “canalha”, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, “demolidor de sonhos e destruidor de empregos”.
Lula disse duvidar que Bolsonaro, Moro e o procurador Deltan Dallagnol “durmam com a consciência limpa”. “Democraticamente aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de quatro anos. Mas foi eleito para governar o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio de Janeiro”, criticou o ex-presidente. “Ele tem que explicar onde está o Queiroz (Fabrício, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro). Como construiu patrimônio de 17 casas. Ele nunca fez discurso que preste. Tem que explicar por que apresentar um projeto econômico que vai empobrecer a população brasileira”, continuou o petista.
“Anteontem vi os dados do IBGE. O povo ficou mais pobre”, afirmou. “Não tem ninguém que conserte esse país se vocês (povo) não quiserem consertar. Não adianta ficar preocupado com ameaças, que vai ter AI-5 outra vez. Temos que ter a decisão de que esse país tem 210 milhões de habitantes e não podemos permitir que milicianos acabem com esse país que construímos. Eu não posso mais ver jovens inocentes sendo mortos pela polícia. Precisamos saber definitivamente quem foi que matou nossa guerreira chamada Marielle (Franco), a grande vereadora do Rio de Janeiro”.