O pré-candidato ao Senado Federal, Zeca do PT, destacou que o ex-governador André Puccinelli (MDB), que desistiu da corrida ao governo, por estar preso, terá de se explicar sobre denúncias 'robustas' do MPF. Ele ainda criticou a substituta, Simone Tebet, e diz que ela também vai ter de justificar votações contra os trabalhadores e bloqueio de bens.
''Acho que a desistência dele [Puccinelli] é fruto de denúncias seríssimas e robustas'', avaliou o petista. Ele acrescenta que não vai entrar no mérito da questão, mas acha que seu histórico adversário político terá de se explicar.
Zeca também avalia que a escolha de Simone Tebet como substituta de André é 'natural', já que ela é uma das maiores lideranças da legenda no Estado.
''Foi vice-governadora, é senadora de primeiro mandato, foi prefeita de Três Lagoas'', relembrou o petista. No entanto, o deputado federal diz que, durante a campanha, ela também vai ter de explicar votações consideradas 'pacotão de maldades' no Congresso.
Acusações contra André são graves e robustas, diz Zeca do PT. (Foto: Arquivo TopMídiaNews)
''Ela vai ter de explicar porque votou a favor da terceirização, ou seja, da precarização dos trabalhadores. Vai ter de explicar porque votou a favor da reforma trabalhista, retirando direitos dos trabalhadores'', opinou o parlamentar e ex-governador de Mato Grosso do Sul.
O petista apontou outras ações de Simone que considera contra a sociedade.
''Vai ter de explicar porque votou a favor do Aécio Neves no Senado, explicar porque votou a favor do presidente Michel Temer [dois processos]'', criticou .
Outra acusação contra a senadora também são motivos de explicações por parte dela, diz Zeca.
''Vai ser questionada sobre o bloqueio dos bens dela, fruto de uma lambança na gestão dela em Três Lagoas, na área de alimentação, merenda'', prometeu o petista.
Zeca avalia que o cenário sem Puccinelli é mais favorável ao também petista Humberto Amaducci, candidato ao governo de MS.
''Candidatura do juiz [Odilon] tá degringolando igual picolé no sol. Nós estamos com uma chapa fechada, com uma mulher de vice [Amaducci e Luciene] e a militância muito motivada para essa eleição'', concluiu.
Puccinelli anunciou, neste domingo, desistência de sua corrida ao Governo. Ele está preso desde o dia 20 de julho, junto com o filho e o advogado João Paulo Calves, por corrupção e lavagem de dinheiro. No entanto, candidatura a deputado federal não está descartada.