A campo-grandense Sandra Souza conversou – com exclusividade – com o TopMídiaNews e comentou sobre a repercussão de uma entrevista sobre imigração em Portugal, onde mora há 22 anos. A polêmica se deu pelo apoio dela ao Partido Chega, acusado pela oposição de odiar estrangeiros na ''terrinha''.
Carismática e enfática em seu discurso, Sandra revelou que deixou a Capital Morena há 22 anos e se apaixonou por Portugal. Já foi empresária e atuou como jornalista na pátria-irmã.
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''Vim para passear e fiquei aqui. Amo e defendo o Brasil e tenho muitos amigos em Campo Grande. Casei aqui e essa terra me acolheu'', comentou.
Sandra nega preconceito e luta por imigração controlada (Foto: Reprodução DW)
Polêmica
Sobre a entrevista polêmica, Sandra lembra que foi abordada por um repórter brasileiro que trabalha para um jornal alemão, o DW. Ela estava em uma passeata com o presidente do partido Chega, André Ventura, no Centro de Lisboa. O tema era a visão dos brasileiros que moram lá, mas defendem a legenda acusada pela oposição de ter repulsa a estrangeiros.
Souza se diz bolsonarista de carteirinha e negou a procedência das acusações do Chega ser racista e fascista. Ela justificou que esse discurso vem da mídia esquerdista e partidos similares ao PT, algo que na visão dela ocorre da mesma forma no Brasil em relação à direita e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
''Adoro política. Me apaixonei por política por causa do Bolsonaro e entendi o que é lutar pelo seu país, pela sua bandeira e suas cores'', refletiu a imigrante brasileira. ''Família'', ''liberdade'' e ''Pátria'' são conceitos que Souza defende com intensidade.
''Então, nada mais natural que deu defender o Chega, que tem os valores da direita que eu defendo'', comentou. Ela teme que Portugal sofra o mesmo que o Brasil, ou seja, um presidente de esquerda, defensor de ditaduras e corrupto na visão dela.
Souza observou que o Chega já tem até um vereador brasileiro na cidade do Porto. E que há muitos conterrâneos defendendo os valores da sigla e que são bolsonaristas.
''Muitos não militam como eu, porque estão ocupados e trabalham. Mas votam [no Chega]'', detalhou. Um detalhe curioso, durante a entrevista, é que o tempo esfriou e ela se viu obrigada a botar uma espécie de gorro na ''tola'' (cabeça em português brasileiro).
Imigração
Sandra esclarece que o partido não é contra a imigração e sim defende imigração organizada e que vá para somar e não chegar para ficar sem trabalho, escola e educação para os filhos.
''Tem brasileiros morando na rua, em estações, porque não têm condições de pagar aluguel. Isso tudo prejudica, isso não é bom’’, explicou a imigrante.
Preconceito
''Sou imigrante brasileira, mulher e negra e faço parte do Chega. Garanto que não existe preconceito. Eu sinto isso. Se tivesse a mínima sensação disso, não estaria lá militando''.
Chega
Sandra define André é uma pessoa acessível, combativo e inteligente.
''Ele não é politicamente correto. Diz o que tem que dizer. Não é morno, é combativo e bate em cima'', explicou.