Terça-feira que vem (12), a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) deve ser anunciada como a presidente da CCJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação), principal atividade legislativa do Senado.
Ela mesma disse isso na noite de ontem, quinta-feira (7), no aeroporto internacional de Campo Grande, assim que chegou de Brasília. A senadora negou ainda que deva deixar o partido.
Simone disse ter recebido a garantia de que vai comandar a CCJR a partir da semana que vem do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que decidiu indicar alguém do MDB para chefiar a comissão.
“Tive apoio dele [Davi] e meus colegas [senadores] disseram que se a CCJR ficasse com o MDB eu seria a presidente”, afirmou a senadora.
O combinado, disse ela, foi acertado com o PSDB do senador Tasso Jereissati, que viajou para Campo Grande junto com Simone. Jereissati veio à cidade a negócio – ele é dono de um shopping.
A indicação de Simone desagradou Renan Calheiros, que até uma semana atrás reinava no MDB. A derrota dele para Alcolumbre enfraqueceu sua influência no partido.
A senadora contribuiu para isso. Ela enfrentou Calheiros, que já presidiu o Senado por cinco mandatos, em disputa interna para ser a candidata do MDB à chefia do Senado. Perdeu por 7 votos a 5. E o senador retirou a candidatura minutos antes da eleição, semana passada.
Depois disso, Calheiros, zangado por ter sido peitado por Simone, disse que ia expulsar a senadora do MDB. “Não vou sair”, afirmou a emedebista.
Confirmada a previsão da senadora, ela vai presidir a mais cobiçada comissão do Senado. É missão dela em examinar os principais projetos que vão para o Senado, reforma da Previdência, um deles.