A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) não conseguiu a reeleição ao cargo de deputada estadual em Mato Grosso do Sul e sai da disputa desapontada com a falta de representantes mulheres na Assembleia Legislativa.
"Podemos dizer que a Assembleia Legislativa não ficará representativa, não será o espelho da sociedade, uma vez que as mulheres somam 52% do eleitorado, mas nenhuma foi eleita pela população", detalhou. Quando questionada sobre o sistema proporcional de voto, Mara Caseiro lamentou não ter garantido umas das 24 cadeiras, mesmo recebendo mais votos do que 12 colegas eleitos.
Ela foi a 13ª candidata mais bem votada para o cargo, mas ficou na primeira suplência de sua coligação. Nesse processo, leva-se em consideração não apenas a votação obtida por um candidato, mas o conjunto dos votos de seu partido ou coligação.
Esse tipo de voto é utilizado no Brasil para a eleição de vereadores, deputados estaduais, federais e distritais. As vagas nas casas legislativas são preenchidas pelos candidatos mais votados da lista do partido ou coligação, até o limite das vagas obtidas, segundo o cálculo do quociente partidário e distribuição das sobras.
"Não é um sistema justo, não reflete o querer da população, mas podemos comemorar o fato de que essa regra já foi corrigida e não vai mais vigorar no próximo pleito", finalizou a parlamentar.
"Sabemos que trabalhamos, que nos dedicamos, e vamos continuar aqui até o ultimo dia de mandato, cumprindo com nosso compromisso, nossa missão. Não vamos deixar de defender as bandeiras que acreditamos, os direitos das mulheres, das crianças e jovens. Vamos continuar trabalhando até o fim", disse.
Questionada pela imprensa sobre a possibilidade de assumir uma das 24 cadeiras na próxima legislatura, a partir da nomeação de algum parlamentar eleito pela sua coligação em cargo no Governo, Mara Caseiro disse que "o futuro a Deus pertence".