A possibilidade de plantio de cana-de-açúcar na bacia do Pantanal após revogação de decreto (que estabelecia regras para o Zoneamento Ecológico) pelo presidente Jair Bolsonaro, causou discussão entre deputados estaduais.
O petista Pedro Kemp, por exemplo, faz críticas ao governo federal, apontando riscos ambientais, retrocesso na lei e relações comerciais internacionais.
“E como fica o meio ambiente e as relações comerciais com os países que compram o etanol e tem com uma das exigências a questão ambiental?”, questiona.
O deputado diz que aparentemente o governo não se importa com estudos científicos e querem transformar o Pantanal em canavial e pasto. “A questão ambiental é para a sobrevivência do planeta e das futuras gerações”.
A favor do decreto
A favor da medida e defensor de Bolsonaro, deputado Zé Teixeira (DEM) disse que a União está aumentando a autonomia dos produtores rurais e que a ideia de Kemp não passa de uma utopia.
“Ninguém é maluco ou sem juízo de plantar cana no Pantanal até porque é úmido. Ele [Kemp] falou do fogo, uma porção de coisas, sem um tem um pingo de noção. Essa história de cientista [..] de ficar falando coisas absurdas de que o mercado internacional não compraria o etanol, não tem nada disso”.
O deputado é a favor da autonomia dos produtores. “Acho que com responsabilidade, todos os proprietários tem que ter a autonomia para gerar emprego, renda, pagar imposto para sustentar esse Brasil de pé”.