Deputados estaduais denunciaram falta de medicamentos para pacientes em tratamento contra o câncer no Hospital Regional de MS. A queixa foi apresentada na sessão desta terça-feira (24).
Pedro Kemp (PT) iniciou a denúncia e disse que saúde deveria ser prioridade.
''Há 5 anos denunciamos falta de medicamento do câncer no Hospital Regional, doença grave. Isso não pode acontecer. Ou é incompetência na gestão ou é negligência'', desabafou o petista. Ele lançou questionamento se a situação de precariedade seria para justificar uma privatização da unidade.
O deputado Zé Teixeira (PSDB) concordou com o colega.
''Tem cirurgia que você pode esperar e tem umas que não Tem uma mulher com pedra no rim, tomando morfina, que o SUS não atende. Perigoso ela morrer, porque uma cirurgia dessa são R$ 30 mil reais. Se não fizer uma revisão do SUS, não funciona'', refletiu o Teixeira.
Lidio Lopes (PATRI), diz a divulgação da Assembleia, explicou que a fila de cirurgia ficou com uma demanda reprimida desde a pandemia, quando o uso de anestésico foi direcionado às pessoas intubadas e as cirurgias eletivas adiadas.
''Tema relevante e contínuo que a gente acompanha há longos anos. Campo Grande tem 900 mil habitantes e 1,5 milhão de carteiras SUS. O estado inteiro vem para cá e vem buscar socorro. O sistema SUS do Brasil é o único no mundo que tem a gratuidade. Funciona e funciona bem, mas o valor da consulta ainda é R$ 10. Ou seja, o médico que cobra R$ 150 a consulta tem que atender 15 pacientes SUS. Os próprios médicos orientam alguns a judicializar cirurgias'', explicou.
Questionamentos
Ainda segundo divulgado, a Comissão Permanente de Saúde da ALEMS vai se reunir na quinta-feira (26) para a prestação de contas da pasta estadual.