Deputados federais de MS votaram, ontem, na Câmara, o veto presidencial que proíbe reajustes e progressão funcional até 31 de dezembro de 2021 para categorias de servidores públicos que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus, como os das áreas de saúde, segurança pública, limpeza urbana e serviços funerários.
Eles tiveram votos diferenciados e entendimentos diversos sobre a situação.
O deputado Fábio Trad (PSD) achou correta a posição do Senado, que derrubou o veto, e também votou pela rejeição dele. “O Senado agiu acertadamente. Discordo das teses apresentadas pelo ministro Paulo Guedes. O projeto não obriga o reajuste, mas autoriza a negociação e existem muitas categorias com a remuneração defasada e muitas prefeituras que ainda tem dinheiro em caixa. Elas vão se aproveitar desse projeto que for vetado para continuar degradando as carreiras do estado. Acho que pode combater privilégios, sem atingir os direitos da imensa maioria dos servidores públicos”, disse Trad.
Já o deputado Beto Pereira (PSDB) votou para manter o veto. “Sei da importância do funcionalismo público para o país, mas diante do momento em que estamos passando, voto pela manutenção do veto ao reajuste salarial até 2021. O impacto de R$ 119 bilhões que a medida trará ao país poderá prejudicar a prestação de serviços em todas as áreas, principalmente neste período tão difícil para todos os setores”.
Dagoberto Nogueira (PDT), Rose Modesto (PSDB) e Vander Loubet (PT) votaram para a derrubada do veto.
Dr Luiz Ovando (PSL) e Bia Cavassa (PSDB) votaram a favor de manter o veto, conforme pedido do presidente Jair Bolsonaro. Loester Trutis não votou.
Conforme a Agência Câmara, ao final, o veto foi mantido com o voto de 316 parlamentares contra outros 165 favoráveis à derrubada do veto. Na quarta-feira (19), os senadores votaram pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro por 42 votos a 30.