Os deputados federais Luiz Ovando (PSL) e Rose Modesto (PSDB) são os únicos, até o momento, que se posicionaram contra a decisão da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional que aprovou, nesta quarta-feira (4), o valor de R$ 3,8 bilhões para o fundo eleitoral em 2020.
Para o vice-líder do Governo, Luiz Ovando, dentro do contexto de crise econômica, cortes em várias áreas e necessidades de investimentos, o aumento do fundo eleitoral soa completamente incoerente.
“Voto contra, de forma coerente eu não concordo com esse fundo, porque tivemos cortes em várias frentes e serviços públicos, como, por exemplo, nas Forças Armadas, no esporte, estamos com problemas de caixa na Previdência e, por isso, fizemos a reforma. Devemos economizar”, explicou o deputado.
O texto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional e a grande polêmica é a respeito do aumento de valores estipulados inicialmente pelo governo em R$ 2,5 bilhões, que foram reajustados para R$ 3,8 bilhões. O receio dos parlamentares que são contra é de que esse montante seja retira de setores como saúde e infraestrutura.
Para a deputada Rose Modesto (PSDB), é inadmissível tirar mais dinheiro. "Eu sou contra o aumento do Fundo Eleitoral, não podemos retirar dinheiro de outras áreas, como saúde e educação. No que depender de mim, vou atuar para barrar este aumento. Voto contra".
Questionados, os deputados Fábio Trad (PSD), Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Beto Pereira (PSDB) não atenderam as ligações ou decidiram não se manifestar.
Bia Cavassa (PSDB) e Loester Trutis (PSL) não foram encontrados pela reportagem.