O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que filiou-se ao PDT e assumiu a condição de pré-candidato do partido, anunciou o senador Pedro Chaves, do PSC, como o provável candidato ao Senado dele, numa eventual chapa costurada pelos pedetistas. Oliveira afirmou que manteve conversa com outros dois candidatos, mas que o nome de Chaves "está quase certo, que é o nome ideal".
Já quanto a vice-candidatura ao governo pelo PDT, ele disse que pode ser uma mulher, por exemplo.
Duas semanas atrás, o ex-governador André Puccinelli, pré-candidato ao governo pelo MDB, disse a uma emissora de rádio que via com bons olhos ao que chamou de "chapa dos sonhos". Odilon de Oliveira sairia como seu vice e o governador Reinaldo Azambuja, pré-candidato à reeleição pelo PSDB, ao Senado. Os dois, contudo, chiaram à proposta logo depois da declaração de Puccinelli.
Odilon de Oliveira retomou o discurso de aliar-se somente com partidos cujos integrantes estejam com as ficham 100% limpas. Ele disse não ter interesse algum em juntar-se a políticos que estiverem implicados em "notório esquema de sonegação fiscal e corrupção".
Pelos cálculos do magistrado aposentado, ao menos 20 legendas estariam nesta relação, ou seja, com membros implicados com irregularidades. Oliveira não citou nomes ou siglas que estariam nesta situação.
Ainda quanto a "chapa dos sonhos" citada por Puccinelli, Odilon de Oliveira, disparou: "André não representa nada de novo". O juiz completou dizendo que ele, sim, é uma novidade.
Dinheiro
Odilon de Oliveira, que divulgou nesta quinta-feira sua estratégia publicitária já de olho na campanha eleitoral, disse que a eleição que vem será o mesmo que dizer que "o poder econômico vai disputar com o poder do povo".
O juiz citou a nova regra das campanhas eleitorais que, a partir deste ano, permite que o candidato banque sua própria campanha. Pelas normas divulgadas até agora pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha para o governo deva custar entre R$ 2,8 milhões e R$ 21 milhões, levando-se em conta o número de eleitores nos estados. "Tem gente que tem, a gente sabe que tem", afirmou Odilon de Oliveira, sustentando que seu partido não tem este montante para aplicar nas eleições.