Pivô em um caso de homofobia partidária em município do interior do Estado, o ex-prefeito de Amambai Dirceu Lanzarini dobrou o valor de seu patrimônio em seis anos.

De acordo com informações fornecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nas eleições municipais de 2008, quando ganhou a disputa para prefeito do município, Dirceu declarou sua profissão como agrônomo e possuir diversos imóveis totalizando patrimônio de R$ 939 mil. Nas eleições de 2014, quando disputou cargo a deputado estadual, declarou patrimônio total de R$ 1,8 milhões, incluindo a aquisição de duas fazendas. No registro eleitoral, Lanzarini também alterou a profissão, de agrônomo para produtor rural.

Dirceu Lanzarini foi prefeito de Amambai por três mandatos. Também foi secretário da Juventude e diretor-presidente da Fundesporte durante o governo de André Puccinelli. Em 2012, desistiu de disputar a reeleição. O candidato apoiado por Puccinelli ganhou a disputa, apesar de Lanzarini ter feito campanha contrária.  Seis meses após a eleição, Lanzarini foi nomeado como assessor especial cargo de DGA-1 de André Puccinelli. O cargo, com salário que pode passar os R$ 8 mil, é dado só para os aliados mais fieis ao ex-governador.

Em 2015. O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul considerou irregulares a prestação de contas de gestão do Fundeb de Amambai, exercício de 2012, gestão do prefeito Dirceu Luiz Lanzarini. Em 2008, o TCE condenou Dirceu Lanzarini a devolver R$ 21,67 mil referente a convênio firmado em 2004 pela divergência do ramo de atuação de empresa contratada para prestação de serviço.

Semana passada, a deputada estadual Grazielle Machado (PR) denunciou que Dirceu Lanzarini, presidente municipal do PR em Amambai, negou filiar o vereador professor Ailton por ser homossexual. Ante o ocorrido, o presidente estadual do partido, Londres Machado (PR), providenciou a saída de Dirceu Lanzarini e dos vereadores que colaboraram com a atitude preconceituosa.