O deputado federal Dagoberto Nogueira, presidente regional interino do PDT, disse na manhã deste sábado (21), na convenção partidária que homologou a candidatura ao governo do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que o pré-candidato do MDB, o ex-governador André Puccinelli, deve desistir da candidatura.

O parlamentar acha isso diante da prisão de Puccinelli, ontem, sexta (20), pela Polícia Federal. O emedebista é acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de chefiar enquanto governador (2007-2014) um esquema de corrupção que ia desde superfaturamento de obras até lavagem de dinheiro.

“Dificilmente André mantém a candidatura. A disputa será polarizada entre o Odilon e o Reinaldo [governador do MDB, pré-candidato à reeleição] e o Odilon vai vencer no primeiro turno”, acredita o deputado, também candidato à reeleição.

Ainda segundo Dagoberto, o PDT está disposto a abrir diálogo com MDB, caso Puccinelli confirme a desistência. “Aqui há espaço para o Moka [senador do MDB], que é um homem honrado”, disse o deputado.

O deputado afirmou também que o diálogo com o MDB deva acontecer durante a semana e que os aliados Puccinelli podem contar com espaço dentro do PDT no caso de uma aliança. 

Ontem, sexta (20), à tarde, horas depois da prisão de Puccinelli, o comando do MDB se reuniu em Campo Grande e anunciou que o partido não tem plano b para substituir a candidatura do ex-governador. “André é nosso candidato”, reforçou Waldemir Moka, senador do partido, vice-presidente regional do MDB. O presidente é Puccinelli.

O candidato ao governo do PDT, Odilon de Oliveira, pouco falou da prisão do ex-governador. “É na verdade um problema do MDB, da Justiça Federal”, disse ele.