Grupo de ao menos 50 crianças, estudantes de duas escolas de Brasília, atraiu a atenção da imprensa que cobre o dia a dia dos deputados federais, no Salão Verde do Congresso Nacional, na manhã desta quinta-feira (29). Empunhados com cartazes de alerta contra as queimadas que se espalham pela região amazônica, os alunos clamaram por ao menos 40 minutos: “cuidem das crianças índias e não deixem a florestar queimar”.
O protestou ocorreu perto das portas de acesso ao plenário dos deputados federais, que estava vazio.
Uma das professoras, que cuidava dos pequenos manifestantes, disse que o protesto foi uma iniciativa dos próprios estudantes. “Elas [crianças] que pediram para vir aqui, estavam inquietas e falavam muito sobre o assunto nas salas de aula”, afirmou a professora.
O manifesto ocorreu no mesmo dia que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) criou um decreto que proíbe, por dois meses, o emprego do fogo no país. As queimadas na Amazônia provocaram um mal-estar entre o governo brasileiro e países estrangeiros, principalmente o da França.
Antes das queimadas, declarações do Bolsonaro irritaram a comunidade europeia. O presidente criticou dados científicos que dimensionam o desmatamento na Amazônia durante todo o ano.
Ao ser questionado por governos de fora, o presidente brasileiro disse que eles, os estrangeiros, no caso, não tinham autoridade para comentar sobre as queimadas ou desmatamentos em território brasileiro.
No calor do bate-boca, países ameaçaram suspender programas que enviam recursos para o país com a intenção de proteger a floresta amazônica.