O ''puxão de orelha'' dado por Jair Bolsonaro para que seus apoiadores votem em Adriane Lopes (Progressistas) em Campo Grande teve engajamento, mas também dissidências. Capitão Contar (PRTB) ignorou as ordens do outro capitão e anunciou apoio a Rose Modesto (União Brasil). 

Em vídeo na rede social, Contar justificou que retribuiu o apoio que Modesto lhe deu no segundo turno das eleições para governador, em 2022. Citou que a candidata do União Brasil sofre os mesmos ataques injustos que ele sofreu outrora e também por isso votará nela. 

''Agora, é minha vez de retribuir. Juntos, vamos construir uma Campo Grande mais justa e um Brasil melhor. Vamos com fé, Rose Modesto!'', anotou Renan Contar.  

O ''Capitão'' de MS tentou minimizar a pecha que Rose é ou é próxima ao esquerdismo. Ele citou votações dela quando era deputada federal, uma delas contra o aborto. 

''Por coerência e gratidão, meu apoio vai para quem já mostrou defender os mesmos princípios e valores da família, liberdade, transparência e coragem para romper com o sistema da velha política'', escreveu o ex-deputado, que diz ter projeto para o Senado em 2026. 

Dissidência

Contar não foi o único a ignorar ordens de Jair Bolsonaro. O deputado estadual João Henrique Catan (PL) foi exposto pelo vereador Tiago Vargas pelo apoio a Rose, chamada de ‘’petista’’ por ele. 

Alguns bolsonaristas do PL justificam apoio a Rose dizendo que não houve uma deliberação oficial do partido em torno de Adriane. A legenda bolsonarista, que fez três vereadores na Capital, rebate dizendo que apoia Adriane.