O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, disse, em entrevista ao TopMídiaNews, que ficou frustrado uma vez que o presidente Jair Bolsonaro não se 'comprometeu' com os prefeitos que estiveram XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, nesta terça-feira (9), em Brasília (DF).
Caravina esteve, na manhã de hoje, acompanhado de 60 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul. "Frustrou porque ele [o presidente] não prometeu nada. Ficou aquém das expectativas", disse.
Pedro ainda relatou que os prefeitos de mais cinco mil municípios reivindicam uma reformulação no Pacto Federativo. "Este pacto trata de tudo que a União arrecada. Tudo é repartido: 60% para a União, 22% para os estados e 18% divididos os para os mais de cinco mil prefeitos no país e queremos mudar isso".
Precatórios
Presente no evento, o prefeito de Rio Verde de Mato Grosso, distante 210 km de Campo Grande, Mario Kruger, ainda levantou outra pauta, quanto à questão de pagamentos de precatórios. Segundo ele, apenas o seu município está com uma dívida de R$ 1,7 milhão em razões de ações de administrações anteriores.
"Essas ações só acontecem porque existem maus gestores, são ex-prefeitos que não fizeram coisas certas e, depois, o município acaba herdando precatórios", comenta. Kruger defende que seja aberto um plano de financiamento junto à Caixa Econômica Federal para que os prefeitos possam pagar os precatórios.
Royalties do Petróleo
Os prefeitos devem ir, às 17 horas, até ao STF (Supremo Tribunal Federal) para cobrar dos ministros uma posição quanto a distribuição dos royalties do petróleo. Segundo Caravina, há seis anos, os municípios estão aguardando uma decisão de ações judiciais quanto ao repasse dos royalties.
"Nestes seis anos, os municípios deixaram de arrecadar R$ 22 bilhões. Desde então, as prefeituras de Mato Grosso do Sul deixaram de receber entre R$ 600 a R$ 800 milhões. Então, por isso, vamos fazer essa manifestação", comenta.