Ocupante do cargo em comissão de Assessor Especial III, da Secretaria Municipal de Governo e Relações, Claudio Sérgio Guasso, foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil por ofensas à candidata Rose Modesto (PSDB). Ele foi nomeado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) em 18 de setembro de 2015, pelo símbolo DCA-3 (R$ 3.189,03), com gratificação de 80% (R$ 5,740,25), e está envolvido em diversas polêmicas.
De acordo com representação protocolada pela Coligação Juntos por Campo Grande (PSDB / PR / PSB / PSL / SD / PRB / PDT), Guasso publicou entrevista concedida pela candidata Rose Modesto com diversas críticas, no próprio perfil pessoal no Facebook, e pagou pelo impulsionamento da postagem. A prática é vedada pela Justiça Eleitoral, conforme informa a juíza Eucelia Moreira Cassal, da 8ª Zona Eleitoral.
“A divulgação de propaganda e de mensagens relativas ao processo eleitoral, inclusive quando provenientes de eleitor, não pode ser impulsionada por mecanismos ou serviços que, mediante remuneração paga aos provedores de serviços, potencializem o alcance e a divulgação da informação para atingir usuários que, normalmente, não teriam acesso ao seu conteúdo”, explica.
A coligação também ingressou com representação contra Bernal e o candidato a vice-prefeito Ulisses Duarte (PP), pois foram beneficiados pela postagem e supostamente teriam conhecimento dela já que Guasso é nomeado da prefeitura. No entanto, os candidatos do Partido Progressista alegaram que não tinham conhecimento prévio do que havia sido veiculado pelo comissionado e, por isso, não poderiam ser responsabilizados.
Guasso também garantiu que a publicação não tinha ligação com o prefeito e que a postagem "patrocinada não se tratava de propaganda eleitoral, mas sim matéria jornalística acompanhada de comentário negativo, dentro de seu direito de liberdade de expressão e pensamento”. A Justiça, no entanto, aceitou apenas o primeiro argumento.
“Não restou cabalmente comprovado que os representados tivessem conhecimento prévio da indigitada publicação. Somente o fato dos demais representados e do primeiro representado possuírem uma relação de emprego, com subordinação deste àquele, não é suficiente para se concluir que tivessem conhecimento de tudo que o servidor público publica em sua página pessoal na rede social”, complementa a juíza.
Outras polêmicas
No entanto, esta não é a única polêmica envolvendo o servidor. Guasso é investigado por criar diversos perfis ‘fakes’ (falsos) para divulgar a campanha do prefeito Alcides Bernal e criticar adversários com postagens até inverídicas. Segundo o Boletim de Ocorrência 37/2013, ele seria um dos administradores das páginas “População Acorde” e “Movimento Voluntário-MV”, especializadas em atacar diversas personalidades do Estado.
Além disso, ele é suspeito de agredir o próprio irmão, Nilson Basilio Guasso Junior, 42 anos, que também é candidato a vereador na Capital. Além de registrar a ocorrência, Nilson até divulgou, à época, que o irmão seria uma espécie de ‘funcionário fantasma’, pois ao invés de estar trabalhando como servidor público, às 10h40, ele estava no estabelecimento comercial onde cometeu o suposto crime.