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Política

22/09/2020 17:00

Efeito cascata: se eleitos, deputados abrem vagas para suplentes no Legislativo

Em Campo Grande, são cinco deputados querendo a Prefeitura; no interior, dois concorrem; veja possíveis substitutos

Sete deputados concorrem às prefeituras de três cidades de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, os deputados estaduais Marcio Fernandes (MDB), Pedro Kemp (PT), e João Henrique Catan (PL) disputam à cadeira do executivo. Deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) também concorre. Outro, que por enquanto está como candidato é o deputado federal Loester Trutis (PSL), que aguarda decisão final do Tribunal Regional Eleitoral. 

No interior, o deputado Onevan de Matos do PSDB concorre à prefeitura de Naviraí, enquanto o colega de parlamento, deputado Barbosinha (DEM), disputa à prefeitura de Dourados. 

Em hipótese de algum deles serem eleitos em suas cidades, os primeiros suplentes de coligações de 2018 assumem a vaga.

Campo Grande

Supondo que o deputado Marcio Fernandes fosse eleito na Capital, o 1° suplente é o ex-deputado Paulo Roberto Duarte, ex-prefeito de Corumbá. Em 2018, ele teve  17.343 votos e o partido não coligou. Porém, Duarte é candidato à prefeitura na Cidade Branca e, no exemplo hipotético dele ser eleito por lá, quem assume a vaga é o 2° suplente do MDB: o vereador Loester Nunes de Oliveira, que teve 9.694. O 3° suplente é Paulo Siufi, que teve 8.649 votos. 


(Paulo Duarte, Loester Nunes e Paulo Siufi. Foto: Divulgação Redes Sociais)

Em 2018, o PL, partido do candidato João Henrique, coligou com PSC, DC, PRTB, PTC e Podemos. Neste exemplo, se Catan vencesse as eleições, o 1° suplente Alírio Villasanti Romero, que teve 6.005 votos válidos, ocuparia a vaga.

O PT não coligou nas últimas eleições, e caso Pedro Kemp fosse eleito, quem assumiria a vaga seria Amarildo Cruz, que teve 15.919 votos. O 2° suplente é Elias Ishy de Matos, com  8.920 votos. 


(Coronel Alírio Villasanti, Amarildo Cruz e Elizeu Dionísio. Foto: Reprodução Redes Sociais)

Se o deputado federal Dagoberto Nogueira vencesse as eleições, pela coligação (PDT, Podemos PRB) quem possivelmente assumiria seria Wilton Acosta que teve 34.062 votos. 

No caso do deputado federal Loester Trutis, quem assume a vaga na Câmara Federal em hipótese de eleição é o 1° suplente pela coligação (PSL, Pros, Solidariedade, Avante, PSB, PTB, PPS e PMN) Elizeu Dionísio. O ex-deputado teve 37.073 votos. 

No interior

O deputado Onevan de Matos (PSDB) e o deputado Barbosinha (DEM) estavam na mesma coligação em 2018 (PSDB, DEM)  e, por isso, caso um dos dois vença as eleições em suas respectivas cidades, a primeira vaga fica com a secretária estadual de cultura Mara Caseiro (PSDB), que teve 23.813 votos.

Em hipótese, de os dois vencerem, a segunda vaga pela coligação seria de  Dione Haschioka (PSDB), que obteve 21.754 votos. Dione é esposa do ex-secretário da SAD, Roberto Hashioka.


(Mara Caseiro, Dione Hashioka, Enelvo Feline e André Salineiro. Foto: Reprodução Redes Sociais)

O 3° suplente é Enelvo Feline, que teve 20.721 votos e disputa a Prefeitura de Sidrolândia. O vereador André Salineiro (Ex-PSDB e agora Avante) ficou como 4° suplente com 18.953 votos. 

Neste caso, ele não assumiria caso os três primeiros não quisessem a cadeira. Um dos motivos é por ter mudado de partido e por não ter sido diplomado. O advogado especialista em direito eleitoral, Rodrigo Nascimento, confirma o fato. “Havendo mudança de partido por parte do possível suplente, este perde a ordem de preferência, mantendo a convocação do suplentes mais votados da coligação. Por outro lado, temos que ver se o suplente (que mudou de partido) já não foi diplomado, pois se de fato já o foi, a diplomação é ato jurídico perfeito e só pode ser desfeito por nova decisão judicial”.

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