O auditório da Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul) foi pequeno para acomodar os cerca de mil militantes, segundo os organizadores, que foram lá prestigiar a homologação da candidatura ao governo do ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci e Lucine Maria Silva, advogada e professora em Três Lagoas, como a vice. O ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba (PR) desde abril passado e a senadora Gleise Hoffmann, do PT do Paraná, mandaram mensagens de apoio aos petistas.
O PT vai disputar as eleições sem parceiros políticos e o sonho eleitoral é grande. Quer reeleger os parlamentares já com mandatos na Assembleia Legislativa (4), e conquistar mais duas vagas, obter votos para eleger três deputados federais (hoje tem 1) e ficar com uma das duas cadeiras em jogo no senado, com o seu candidato único, o deputado federal Zeca do PT.
A cerimônia da convenção começou e terminou com os petistas cantando e gritando o nome do ex-presidente Lula, pré-candidato à Presidência, mesmo preso. “Lula Livre” era o bordão.
Antes do lançamento das candidaturas, foram lidas as duas mensagens.
“Sei que o Zeca vai deixar saudade no Mato Grosso do Sul, mas nós precisamos dele em Brasília, no Congresso Nacional, aonde vai nos ajudar a governar o Brasil, pondo fim à série de atentados contra o povo brasileiro, cometidos pelos golpistas de Michel Temer e seus aliados tucanos”, foi o recado de Lula.
A senadora Gleise Hoffmann, que atuou no governo de MS, período comandado por Zeca do PT (1999-2006), seguiu o discurso do ex-presidente e exaltou as candidaturas de Humberto ao governo e Zeca, ao Senado.
Zeca do PT, presidente regional do partido, mostrou-se indiferente à chamada aliança partidária: “Temos em mente uma coisa: antes só do que mal acompanhado”.
Ao menos na convenção, os dirigentes do PT disseram ter homologado 16 candidaturas para à Câmara Federal, 33 concorrem aos mandatos de deputado estadual e um para o Senado. Os números fechados serão anunciados até o dia 5 de agosto. Há a possibilidade de a sigla acrescentar mais nomes na disputa.
A maioria dos candidatos representa sindicato, professores, líderes comunitários, assentados e defensores da comunidade indígena e por demarcação de terra.
Amaducci disse que o PT no governo vai defender 13 diretrizes, entre elas às ligadas a saúde pública, emprego, inclusão social, educação e geração de renda.
Os petistas disseram ainda ser contra a privatização da Sanesul, que distribui e cuida do esgoto, e a MS Gás, empresa de sociedade do governo de MS e a Petrobras.