Dezesseis anos depois, Mato Grosso do Sul volta a ter um político figurando em um ministério de Estado. Carlos Marun (PMDB), fiel escudeiro de Temer e Eduardo Cunha, foi anunciado como ministro da Secretaria de Governo. Antes dele, Ramez Tebet e Delcídio do Amaral chegaram a um dos postos mais cobiçados da política brasileira.
A posse está marcada às 17h, horário de Brasília, no Palácio do Planalto.
Marun é gaúcho, mas se radicou em Mato Grosso do Sul nos anos 80. Foi secretário de Assuntos Fundiários na gestão de André Puccinelli na prefeitura da Capital, em 1996. Foi diretor presidente da Emha (Empresa Municipal de Habitação), além de vereador. Assim que Puccinelli assumiu o governo do Estado, Marun passou a ser secretário estadual de Habitação.
O polêmico parlamentar, enfático defensor de políticos acusados de corrupção, como André Puccinelli, Eduardo Cunha e Michel Temer, tem o perfil falastrão, caricato e não foge de polêmicas. No entanto, é agressivo quando quer aprovar suas proposições e fez parte da tropa de choque que ajudou a barrar as denúncias contra o presidente da República na Câmara dos Deputados.
História
O primeiro político a ser ministro de Estado foi o senador cassado Delcídio do Amaral, no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, no PSDB, Delcídio ficou a frente do Ministério das Minas e Energia por quatro meses.
Ainda na gestão FHC, outro político sul-mato-grossense foi destaque no ministério. Dessa vez foi com Ramez Tebet, que comandou o Ministério da Integração Nacional, no ano de 2001. Ficou apenas três meses, e depois foi eleito presidente do Senado Federal.
Marun ocupa a vaga do tucano Antônio Imbassahy, que deve voltar à Câmara e ajudar o governo a votar a reforma da previdência. Da mesma forma, o deputado por MS vai articular com as lideranças de todos os partidos a votação da mudança no regime previdenciário.
Embora seja do Paraná, Gleisi Hoffmann, hoje presidente do Partido dos Trabalhadores, atuou fortemente em Mato Grosso do Sul na administração Zeca do PT, como secretária de Governo. Ela foi ministra da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff (PT).
Futuro
Assim que assumir oficialmente o cargo, Marun terá de se desincompatibilizar do cargo até março do ano que vem, se quiser disputar a reeleição na Câmara Federal.