O deputado federal Tio Trutis avisou que o salário de dezembro e o 13º salário serão doados para professores da rede pública de ensino, com objetivo de valorizar a Educação e seus profissionais. No entanto, em 2019, o deputado do PSL votou a favor da reforma da previdência, que adiou em sete anos a aposentadoria da classe.
Conforme explicou em vídeo, o pagamento e o salário-extra de Trutis será pulverizado em forma de prêmio, que leva o nome de Heley de Abreu, professora morta em outubro de 2017 ao salvar crianças de um incêndio criminoso em uma creche de Janaúba, em Minas Gerais.
Essa premiação terá as categorias Ensino Fundamental, Básico e Educação Especial. Os nomes dos docentes serão indicados pela população, passarão pelo crivo de um júri técnico e depois para a escolha popular, pela internet.
Além do dinheiro, Trutis vai entregar medalhas, diplomas e troféus em uma festa no Palácio Popular da Cultura. Ele destacou que essa premiação é uma promessa de campanha e será cumprida.
''Mesmo sendo pouco, foi a forma que escolhi para demostrar minha profunda admiração por aqueles que doam sua vidas para transformar outras'', concluiu o deputado.
Distante
Apesar do respeito do deputado, o sonho da aposentadoria está mais distante para os profissionais da educação. Antes da promulgação da reforma da Previdência pelo Congresso, em 12 de novembro, uma professora podia se aposentar com 50 anos de idade e 25 anos de contribuição. Neste caso era exigido também 10 anos de serviço público e 5 anos no mesmo cargo.
Agora, com a reforma, para as mulheres é exigida idade mínima de 57 anos com 25 anos de contribuição. Ou seja, sete anos a mais de batente e lida com os alunos.
As regras para essa categoria foi colocada em condição especial, com exigências mais brandas em relação ao trabalhador comum. Porém, mesmo assim, os docentes não se sentem atendidos, já que as regras anteriores eram consideradas mais vantajosas.