O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno das eleições, desembarcou no Brasil nesta sexta-feira (26), mas não falou sobre a eleição presidencial, disputada por Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).
Ciro Gomes estava no exterior desde o dia 11 de outubro. Ele ainda não deu declaração sobre apoio no segundo turno. No aeroporto de Fortaleza, o pedetista foi recebido por apoiadores e não concedeu entrevista à imprensa.
Uma declaração pública de apoio de Ciro é esperada pela campanha de Fernando Haddad desde o fim da votação do dia 7 de outubro. Três dias após o primeiro turno, o PDT se reuniu e decidiu dar “apoio crítico” ao petista, mas afirmou que não participaria da campanha.
O PT costurou acordos com o PSB para disputas regionais, o que ajudou a isolar o PDT na disputa ao Planalto.
Nesta quinta-feira (25), Fernando Haddad afirmou que, se existe “aresta” entre PT e Ciro, é preciso colocá-la de lado. O petista acrescentou que, com Ciro Gomes, a disputa fica mais “fácil”.
Em sabatina na TVE Bahia, nesta sexta, Haddad repetiu que ainda espera uma declaração mais contundente de apoio de Ciro Gomes.
"Eu espero um gesto do Ciro, até porque eu já fiz vários a ele. [...] Do meu ponto de vista, o Ciro é um amigo, é uma pessoa que tem uma folha de serviços prestados muito importantes, e agora com a volta dele esperamos uma declaração de apoio", disse Haddad.
Terceiro lugar
No primeiro turno, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, ficou em terceiro lugar. Ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Nacional, ele recebeu 13,3 milhões de votos (12,47%).
No dia da votação em primeiro turno, logo após a confirmação o resultado, Ciro Gomes foi questionado sobre quem apoiaria no segundo turno e respondeu "ele, não", uma referência ao movimento #EleNão, contrário a Jair Bolsonaro.