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Política

27/08/2022 15:15

Candidatos defendem regionalização, modernização e investimentos em saúde

Veja o que os candidatos ao Governo do Estado pensam e como vão minimizar as demandas

Os candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul participam de uma série de entrevistas do TopMídiaNews, onde vão comentar mais a fundo sobre suas propostas para o Estado, caso sejam eleitos. O primeiro tema questionado foi saúde.

E todos eles foram indagados sobre como farão para solucionar as demandas da saúde, como zerar filas de exames, e cirurgias; e como solucionar de vez a questão da regionalização.

No geral, os candidatos disseram que é preciso investir mais em atenção básica e prevenção. Eles pontuaram sobre a necessidade de planejamento para zerar as filas e transparência nas licitações para evitar corrupção.

Além disso, todos afirmaram que é necessário modernizar o setor com aquisição de equipamentos, dar infraestrutura com material e pessoal necessário para atendimentos em hospitais pólo das macrorregiões. 

O uso de teleconsultas, e outras tecnologias também foi citado. O candidato do PCO, Magno Souza não enviou as respostas até o fechamento do texto, assim como Giselle Marques do PT. 
 

Veja a resposta de cada candidato na íntegra:

Adonis Marcos- federação Psol/Rede

Não existe fórmula mágica, é preciso investir os recursos nas regiões, para que as pessoas não tenham que fazer grandes deslocamentos em busca de atendimento. Então, onde, não houver estruturas físicas, vamos firmar parcerias com os municípios polo para equipar os hospitais, transformando-os em regionais para que atendam bem a população dos municípios no entorno.

Também pretendemos levar projetos itinerantes, com apoio de entidades e ongs, como Hospital do Amor, Médicos Sem Fronteira, que levem atendimento de saúde da mulher, das crianças, de homens, para suprir a demanda e zerar as filas. 

Rose Modesto- União Brasil

Vamos resolver tudo com inteligência, inovação e principalmente humanização, afinal o norte de nossa gestão, que vai nos guiar nesses quatros anos de governo, é o cuidado especial que temos, que precisamos ter com a nossa gente.

Vamos começar com o programa Fila Zero, que terá várias frentes e mutirões permanentes para zerar as filas de cirurgia em Mato Grosso do Sul. Vamos atualizar o número de pessoas que estão na fila, hoje estimado em 70 mil, e atender sempre por ordem de prioridade. Quem for emergencial, será atendido.

A regionalização da saúde só pode ser solucionada em parceria com os municípios, afinal é lá que as coisas acontecem. A telemedicina é uma ótima opção para auxiliar nisso, e vamos apostar nela. Teremos centros especializados conectados a esses municípios, com ambulatórios digitais onde o paciente passará por consulta junto a especialistas nessas cabines. Também vamos apoiar as cidades na compra de aparelhos.

O principal foco nosso é evitar novos gargalos e fortalecer os municípios. O Estado é o grande gerente, e é ele que tem que gerenciar tudo isso. Temos um conceito principal, que é fazer funcionar o que já existe e não funciona direito.

André Puccinelli-MDB
 

Sou médico e sei o valor de uma boa saúde para a sociedade. Para mudar a atual situação, tão veementemente criticada por profissionais da área e pela população, a primeira providência é equipar as nossas 12 unidades regionais de saúde com equipamentos modernos que permitam a realização dos exames mais complexos perto de onde moram as pessoas.

Estamos falando de mamógrafos, equipamentos de ressonância magnética e ultrassom, evitando com isso os deslocamentos para os centros maiores, como Dourados e Campo Grande, por exemplo. Fazer parcerias com os munícipios é outra medida importante, mantendo rigorosamente o repasse dos recursos.


Marquinhos Trad (PSD)

Vamos modernizar e fortalecer a rede de saúde, implantando um modelo de governança que atenda às necessidades regionais, fortalecendo as cidades polo com infraestrutura e tecnologia. Nossa gestão vai estruturar os hospitais regionais, a fim de melhorar as condições de trabalho, valorizando os profissionais e auxiliando na aquisição de equipamentos hospitalares.

Investiremos na descentralização do acesso de algumas especialidades, principalmente cirúrgicas, para as micro e macrorregiões, aportando recursos de forma permanente e contínua, para realização de procedimentos eletivos de acordo com as necessidades locais.

Implantaremos a teleinterconsulta e apoiaremos os municípios na implantação de estratégias de inovação e tecnologia, com gestão eficiente dos serviços de saúde para atingir a universalização, qualidade e agilidade no atendimento ao cidadão sul-mato-grossense.


Capitão Contar (PRTB)

Vamos reformular e integrar as ações de saúde buscando eliminar as filas por consultas, exames e cirurgias. Além disso, garantir a atenção básica e a saúde preventiva como ações permanentes do Estado em parceria com os municípios e União. Durante a pandemia uma ferida que existe há décadas foi exposta, a falta de estrutura da saúde. Faltam remédios, profissionais e leitos de UTI’s, o que infelizmente fez com que todos nós perdêssemos familiares e amigos. Os problemas já existentes foram potencializados e se não fosse o empenho do Governo Federal no envio de vacinas e recursos financeiros, mais pessoas teriam perdido a vida.

Precisamos aprender com o que aconteceu e mudar essa triste realidade e nós vamos fazer isso, combatendo a corrupção e utilizando mecanismos para efetivamente dar transparência nas ações e investimentos, garantindo eficiência nos serviços oferecidos. Umas das principais metas é dar transparência nas filas de atendimentos da saúde, para que desta forma, tanto o usuário, quanto o Poder Público e toda a sociedade possam acompanhar em tempo real e com informações claras e precisas, a situação que encontra-se a saúde, o que permitirá a busca de soluções ágeis e efetivas. Nosso desafio não será baseado somente em investimentos em saúde, mas principalmente, planejamento na aplicação desses recursos. Vamos também utilizar a tecnologia  e a modernização para implantar mecanismos de divulgação de estoques de medicamentos e sua disponibilidade na rede pública instalada nos municípios, o que permitirá não só o usuário  ter acesso a essas informações, mas também um melhor acompanhamento pelos gestores públicos, permitindo a busca de soluções antes que zere o estoque de medicamentos distribuídos. 

E no trabalho de modernização e humanização do serviço de saúde oferecido pelo Poder Público, temos como fator fundamental a parceria com servidor, tanto para o combate a corrupção como para o oferecimento de serviços com qualidade assim, além de capacitação queremos garantir condições adequadas de trabalho, buscando parcerias com os municípios, equipando as unidades de saúde e os hospitais, ampliando o número de médicos e profissionais de saúde e valorizando as carreiras .

Eduardo Riedel (PSDB)

O financiamento da saúde pública no Brasil é tripartite. Isso significa que a União os Estados e Municípios tem que contribuir com uma fatia de sua manutenção. Historicamente esta divisão tem pesado mais aos cofres estaduais e municipais, que são os grandes responsáveis pela manutenção da máquina do SUS, hoje. A manutenção do custeio de leitos de UTI e o financiamento do próprio SUS passam, portanto, por políticas públicas que permitam investimentos superiores ao teto constitucional da Saúde. Para isso, é preciso fortalecer ainda mais a nossa economia, dando aos municípios fôlego fiscal para ampliarem sua margem de investimentos.

Da mesma forma, o Estado deve garantir não só o mínimo constitucional mas, também, ampliar este percentual conforme a necessidade. Para isso, vamos continuar trabalhando para aumentar a pujança econômica de Mato Grosso do Sul, gerando mais riquezas e, em consequência, aumentando nossa capacidade de investimento.

Tivemos a pandemia, que comprometeu o sistema de saúde, mas que foi enfrentada com investimentos sólidos. Conseguimos ser o estado que mais vacinou no Brasil, justamente por esta relação com os 79 municípios, esta sinergia que atendeu a população, colocando a vacina no braço das pessoas, inclusive na fronteira.

O processo de regionalização da saúde tem sido fundamental, e será ampliado nos próximos anos. A regionalização da saúde, com a construção e ativação de novos hospitais, está sendo vital para desafogar o fluxo de pacientes na capital. Com isso, o atendimento de pacientes do interior em Campo Grande diminuiu de 45% para 9%. A regionalização existe na prática.

Assumimos um governo com 500 mil pessoas na fila de procedimentos, por isso realizamos a Caravana da Saúde. Ela foi fundamental para diminuir as filas num primeiro momento. E agora temos que continuar o processo.

O caminho para uma saúde mais potente em MS é dar foco à Atenção Básica, e vamos trabalhar junto com os municípios para contratar mais profissionais de saúde, dependendo do resultado que cada município apresentar na Atenção Básica. Vamos trabalhar juntos.

Qual o próximo passo? Vamos concluir a interiorização e atacar uma das principais causas da insatisfação das pessoas: a atenção básica, o posto de saúde que está caindo aos pedaços, as pessoas aguardando horas na fila, sem médico para atender. Tem municípios que fizeram o dever de casa e dão show na atenção primária, com mais de 95% de cobertura, e tem municípios que não fizeram bem este trabalho. Vamos ter que cobrar duramente este resultado, pois eles são o ponto de partida da complexa administração da saúde.

O investimento mais importante para o setor se dá em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, e também na atenção primária, que devem estar associadas a outros setores, como a questão do saneamento e dá segurança no trânsito, que também impactam na saúde. Tudo isso tem grande influência na redução do número de internações hospitalares, desafogando o setor. São ações tão ou mais importantes do que a construção de hospitais. Outro aspecto que influencia na economia de recursos é qualificação profissional e a infraestrutura e tecnologia dos serviços hospitalares. Vamos estar focados nisso.

 

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