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Política

há 3 semanas

Candidatos apresentam propostas para saúde, segurança e habitação em novo debate

Sem confronto direto, os candidatos deram diagnósticos e falaram de projetos em cinco áreas

A Rádio FM Capital realizou, nesta sexta-feira (30), mais um debate entre os candidatos à prefeitura de Campo Grande. Participaram Adriane Lopes (PP), Beto Figueiró (Novo), Beto Pereira (PSDB), Luso Queiroz (Psol), Rose Modesto (PSDB) e Ubirajara Martins (DC).

A deputada federal Camila Jara (PT) justificou a ausência informando que está em compromissos em Brasília. Já o candidato Jorge Batista (PCO) não chegou a ser convidado, pois o partido não tinha definido um nome quando as regras do programa foram estabelecidas.

Sem confronto direto, os candidatos deram diagnósticos e falaram de projetos nas áreas de segurança pública, inclusão social, habitação, saúde e impostos. Veja a seguir como foi cada bloco:

Segurança pública

No primeiro bloco, os candidatos falaram sobre segurança pública. Rose Modesto destacou a importância da prevenção, relembrando o projeto Tocando em Frente, que atua com aulas de reforço nas periferias de Campo Grande. “A prevenção é sempre o melhor caminho para resolver os problemas da nossa cidade. Além de ser mais barato”, enfatizou.

Rose prometeu fortalecer a GCM (Guarda Civil Metropolitana), aumentar a quantidade de viaturas e motocicletas, além de integração com a Polícia Militar e Civil para planejamento das ações de segurança. Por fim, se comprometeu em investir em tecnologia com totens disponibilizados para as vítimas de violência doméstica para acionar as centrais de monitoramento em caso de risco.

O candidato Beto Pereira também enfatizou a prevenção, focando na iluminação pública. “A importância de investirmos em iluminação, cuidados com as nossas praças. Quando não tem ambiente para a família estar presente, abre as portas para a marginalidade”, disse.

Beto prometeu equipamentos e valorização dos profissionais da Guarda Civil Metropolitana. Também criticou que, segundo ele, apenas 50 câmeras de segurança estão integradas ao sistema de monitoramento da prefeitura. Ele garante que, se eleito, vai ampliar o serviço e recepcionar câmeras da iniciativa privada.

Beto Figueiró defendeu a aprovação da PEC 57, no Congresso Nacional, para elevar a CGM ao mesmo status que a Polícia Militar. Também prometeu equiparação salarial e criticou suposto descaso com a Rua 14 de Julho, “onde traficantes e usuários de drogas transitando à luz do dia”.

Ubirajara se comprometeu com a valorização dos “militares” da GCM (categoria é civil), com salário digno e condições para portar armar de fogo. Disse, ainda, que vai investir na educação para “tirar o jovem da criminalidade”.

Adriane Lopes ressaltou ações do mandato de 2 anos. Segundo ela, a prefeitura chamou mais de 370 guardas em concurso público, investiu em capacitação continuada, aumentou a frota de veículos, instituiu a ronda escolar e garantiu que todas as escolas tenham acesso ao aplicativo ‘Botão do Pânico’, que permite resposta da GCM entre dois a três minutos. Também lembrou da inauguração da primeira escola civil metropolitana brasileira.

Em relação às críticas, a prefeita rebateu os dados sobre o monitoramento em Campo Grande. De acordo com ela, são mais de 500 câmeras distribuídas pela cidade, sendo 120 na região central. Apesar disso, admitiu as dificuldades. “Campo Grande passa pela dor do crescimento”, destacou.

Por sua vez, Luso Queiroz prometeu ampliar as rondas da GCM. “A Capital já foi uma cidade muito segura, infelizmente não é mais. Várias vezes tive que parar em um ponto de ônibus para acompanhar uma mulher trabalhadora sendo cercada por noias, por criminosos”, criticou.

Inclusão Social

Primeiro a se pronunciar no bloco sobre inclusão social, Beto Pereira denunciou o aumento de pessoas em situação de rua e criticou as políticas públicas atuais. “A gente não vê política eficiente para combate as drogas. A gente enxerga uma população que sofre hoje sem o atendimento devido. A gente não vê política de contraturno para as crianças. Hoje os programas são tratados por Ongs, pelo terceiro setor”.

O candidato reclamou, ainda, que a distribuição de fraldas, leite e alimentos para sonda ocorre somente com decisão judicial. Ele prometeu se comprometer com a infância e as pessoas de maior vulnerabilidade. Beto citou o programa “Cuidar de quem cuida”, do governo do Estado, que oferece R$ 900 para tutores de pessoas com deficiência, e prometeu adicionar R$ 300 da prefeitura ao benefício.

Pelo Psol, Luso Queiroz defendeu, indiretamente, as cotas em concursos públicos, acesso à saneamento, salários maiores e investimentos par a educação especial. “A inclusão social é a garantia de direitos, é quando todos os sul-mato-grossenses são bem-vindos ao orçamento, quando o branco, negro, índio, pardo podem participar”.

Adriane Lopes enumerou feitos da administração. Segundo ela, 206 escolas municipais ganharam acessibilidade e a prefeitura trabalha para adequar terminais de ônibus, unidades de saúde e secretarias. Além disso, foi inaugurado o primeiro centro de educação inclusiva do município.

Conforme Adriane, 7 mil alunos estão inscritos em programas de esporte, o Primt (Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho) segue atuante e hoje a prefeitura disponibiliza o programa “consultório de rua”, com atendimento especifico para a população vulnerável e em situação de rua.

Também são disponibilizadas 300 vagas sociais para internação de pessoas com dependência de álcool e drogas e o programa “aluguel social” atende mais de 600 pessoas. “Nós estamos trabalhando a transversalidade das políticas, todas as áreas convergindo para que as políticas públicas”, informa Adriane.

Ubirajara criticou que as famílias de pessoas doentes “precisem entrar na Justiça para a que a pessoa tenha o direito ao básico como o remédio” e destacou que, com um vice deficiente, sabe a realidade da exclusão no transporte, nas escolas e no mercado de trabalho. Ainda ironizou a conduta do município quanto às demandas judiciais. “Eu fico mais de cara que a prefeitura recorre dessas decisões”, alegou.

Beto Figueiró defendeu a prevenção e profilaxia, com investimentos em saneamento básico e na alimentação da população. Disse que “a inclusão social deve começar desde a criança no ventre da mãe” e se orgulhou de não ter assinado carta de propostas da ACP (Associação Campo-grandense de Professores) para reduzir a militarização nas escolas.

Rose Modesto relembrou o tempo de professora, com “alunos que sobreviviam do trabalho no lixão” e voltou a destacar o Tocando em Frente, “projeto para resgatar a autoestima e manter as crianças na escola”. Se eleita, se comprometeu em implantar o projeto “Florescer”, para ampliar o trabalho de atendimento a jovens carentes, e fortalecer a inclusão nas salas de aula.

Economia e impostos

No terceiro bloco, os candidatos foram convidados a discorrer sobre a economia de Campo Grande, impostos e salários do funcionalismo público. Ubirajara reclamou das taxas de desemprego e falta de industrialização. Ele prometeu incentivos para gerar emprego e a doação de terrenos para as indústrias. De acordo com Martins, com mais trabalhadores, vai ter mais gente usando o planos particulares e desafogar o SUS (Sistema Único de Saúde).

Por sua vez, Luso Queiroz alegou que Campo Grande tem de 3 mil a 5 mil empregos sobrando, além de indústrias primárias. Ele defende o incentivo para trazer indústrias de processamento e defende a garantia de empregos com salários bons.

Adriane Lopes informou que assumiu a gestão com “déficits financeiros” e o nome da prefeitura em órgãos de restrição. Conforme ela, mesmo assim, nos dois anos que esteve à frente da gestão, foram mais de 20 mil empresas abertas em Campo Grande.

“Inauguramos o primeiro parque tecnológico de Mato Grosso do Sul, a primeira escola pública de marketing digital e queremos continuar capacitando jovens e mulheres no programa Mulheres Mil”, destacou. Lopes promete investir em qualificação e alega que a Rota Bioceânica vai trazer desenvolvimento para a cidade.

Beto Pereira criticou a burocracia enfrentada pelo empresariado. Ele alega que o tempo para conseguir um alvará ou um habite-se é muito longo e o acesso a um programa de incentivo como Prodes ou doação de terrenos é extremamente difícil. “A população vive um paradoxo porque MS cresceu 30% e Campo Grande diminuiu 1,59%”.

Pereira alega que “prefeitura gasta muito e gasta mal”, tendo usado 57% do limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) com despesas de pessoal. Prometeu acabar com suposta “folha secreta” e abrir as portas para o empreendedor.

Em sua vez, Figueiró lamentou a ausência da candidata Camila Jara e teceu diversas críticas ao presidente Lula (PT). Segundo ele, o presidente arrasou com o agronegócio e a economia do Estado e o ex-governador Reinaldo Azambuja realizou o “sequestro silencioso” do ICMS da cidade.

A ex-deputada Rose Modesto criticou a gestão fiscal. De acordo com ela, de 2017 para 2023, a RCL (Receita Corrente Líquida) da Capital aumentou mais de 62%, mas a despesa cresceu mais de 70%. Se comprometeu a cortar gastos, enxugar a máquina pública, fomentar empregos fortalecendo o empresário, recuperar a capacidade de atrair as indústrias, investir em tecnologia e diminuir a burocracia.

Habitação

No tema habitação, Rose Modesto informou que Campo Grande tem mais de 55 favelas e prometeu criar o projeto “sai da lona”, onde pretende construir 4 mil moradias, orçadas em R$ 50 milhões, que deve tirar de despesas desvinculadas. Também garantiu que vai procurar parcerias com o Governo Federal.

Beto Pereira lembrou que a Cidade Morena já teve título de capital sem favelas e prometeu resolver o problema através de parcerias. Segundo ele, Campo Grande perdeu oportunidades de aderir aos programas do Governo do Estado, o Lote Urbanizado, que fez casas nos 78 municípios de MS, e Minha Casa, Minha Vida, Faixa 1, do Governo Federal, que contemplou 2370 casas em 46 municípios de MS.

Pelo Novo, Beto Figueiró alegou que “habitação é uma das necessidades mais básicas do campo-grandense” e atacou a política profissional. Afirmou que o déficit habitacional é de 70 mil moradias, sendo que 8 mil famílias estão em áreas públicas. Se comprometeu a seguir o exemplo de Brasília, titulando lotes já invadidos, e prometeu parcerias com a iniciativa privada.

Luso Queiróz criticou o déficit habitacional quando há “casas sobrando”. De acordo com o candidato, um terço das moradias da Capital estão desocupadas, muitas abandonadas. Ele planeja “cumprir a função social da terra” e evitar empreendidos como o Nasa Park. “Vou enfrentar a máfia imobiliária”, disse.

Mais direto, Ubirajara Martins se comprometeu com investimentos em casas pré-moldadas, além de dar prioridade de habitações populares para idosos, deficientes e mulheres em grupos de risco.

Adriane rebateu a informação da ‘capital sem favelas’, dizendo que “o papel aceita tudo” e lembrou que precisou regularizar terrenos nos bairros Saionara e Aero Rancho, além de enfrentar um incêndio na comunidade do Mandela. Ainda assim, garantiu o atendimento de 7 mil famílias com casas populares e 600 pessoas no programa aluguel social.

Saúde

No último bloco, os candidatos discorreram sobre o tema saúde. Ubirajara reclamou que “até para o remédio tem que entrar na Justiça para ter direito”. Citou a falta de coletores de urina, remédios básicos como Diclofenaco e ambulâncias. Disse que os profissionais estão com salários baixos e sem qualificação e criticou a decisão de construção de um Hospital Municipal neste momento. “Temos dinheiro?”, questionou. Por fim, se comprometeu em comprar medicamentos diretamente da farmacêutica, sem intermediários.

Adriane ressaltou que “saúde pública é um problema em todo país e Campo Grande não é diferente”. Ela diz que aumentou a frota do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), incluiu motolancias no atendimento, abriu o PAI (Pronto Atendimento Infantil) com pediatras 24 horas e propôs o Hospital Municipal porque a cidade gasta R$ 40 milhões mensais comprando vagas em hospitais particulares.

Por fim, informou que está procurando resolver o problema da medicação em falta com a troca de equipes e providenciando a contratação de mais médicos. “Assumi a prefeitura com problemas de décadas e estamos buscando novos caminhos”, alegou.

Beto Figueiró prometeu seguir exemplos de Joinville (SC) e Minas Gerais e criticou o governo do PSDB. “Há o problema também do descaso do governo do Estado. O ICMS foi reduzido de 23% para 11%”, aponta. Prometeu, ainda, implantar a “vila da saúde” e a descentralização das compras de remédios.

Beto Pereira se comprometeu em “cuidar dos profissionais que estão desvalorizados”, da estrutura física dos prédios, garantir medicamentos, mais médicos e exames. Ainda rebateu as críticas ao governo tucano. “O ICMS ter sido reduzido é justamente a diminuição da movimentação econômica. 75% do que forma o ICMS é o valor adicionado”, disparou.

Rose Modesto afirmou que vai fortalecer a atenção primaria nos 74 USFs (Unidade de Saúde da Família) e valorizar os agentes comunitários de saúde para desafogar as UPAs e CRS. Disse que vai valorizar o servidor, cumprir o Plano de Cargos e Carreiras e pagar insalubridade a todos os profissionais de saúde. Sobre a questão dos leitos, informou que, se eleita, vai comprar mais 20 leitos da Santa Casa, centralizar a compra de remédios em uma equipe especialista, investir em telemedicina e mutirões para cirurgias.

Para encerrar, Luso citou que Campo Grande tem orçamento para cerca de 900 mil habitantes, mas conta com 1,5 milhão de cartões do SUS registrados na Capital. Isso significa que atende pacientes do interior, estados e países vizinhos. Ele prometeu cobrar a contrapartida da União, além de garantir um sistema de agendamentos de consultas por aplicativo de celular. Também afirmou que vai construir duas UPAs pediátricas e o Hospital Municipal.

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