Candidato a prefeito de Campo Grande pelo PROS, o advogado Luiz Pedro Guimarães defende uma gestão moderna e critica a falta de investimentos em tecnologia. Em seu projeto de governo, apresenta propostas para informatizar o serviço público e resgatar obras abandonadas que se transformaram em verdadeiros ‘elefantes brancos’ na Capital.
“Trazer para Campo Grande uma mudança nos conceitos de administração. Não digo que [os antecessores] fizeram a coisa correta, mas a população tem que sentir que essa mudança vai refletir na economia da cidade, no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), em novas oportunidades”, destaca.
Se eleito, Luiz Pedro garante que deve retirar as empresas viciadas do Poder Público e “preparar 30 anos para o futuro assim como fez o [ex-governador] Pedro Pedrossian”. Ele aposta em informatizar os serviços de saúde e até arrisca a implantação de um sistema semelhante ao Gisa, que deveria realizar o agendamento de consultas do SUS (Sistema Único de Saúde), mas nunca funcionou corretamente.
“As mudanças só serão possíveis com a modernidade. Os problemas na segurança pública, por exemplo, são resolvidos dando condições ao trabalhador da área, com câmeras, melhores equipamentos. Na área digital, não tem WiFi nas praças. O Gisa é um programa muito bom que ficou parado por briga política”, aponta.
Na área de infraestrutura, Luiz Pedro ressalta a importância de dar continuidade a obras públicas que foram abandonadas há anos e se transformaram em redutos da criminalidade na Capital. Como exemplo, ele cita o Centro de Belas Artes, no Jardim Cabreúva, que originalmente seria uma rodoviária, e também a antiga rodoviária, na região central da Cidade Morena.
Entre as soluções apresentadas pelo candidato está a revitalização desses locais, através de parcerias com o comércio e a mudança de setores estratégicos da prefeitura que funcionam em prédios alugados. Ele também sugere um acordo de cooperação mútua com o Governo do Estado, que poderia instalar unidades do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) em um desses locais e trazer de volta o movimento para essas regiões.
“A Capital sempre teve bons prefeitos. Ludio Coelho um exemplo de pessoa. O Juvêncio Fonseca fez um grande trabalho, o André Puccinelli pavimentou o plano diretor da cidade. O Nelsinho Trad, as pessoas podem criticar, mas você viajava e só ouvia elogios sobre a cidade. Campo Grande tem um potencial de desenvolvimento encantador e o atual gestor parou com o crescimento, faltou respeito”, afirma.
Luiz Pedro também sugere a ocupação das linhas ferroviárias de Campo Grande e planejamento para evitar que o município seja dividido com a duplicação da BR-163 com a criação de passarelas para a passagem de pedestres. Na área do lixo, o candidato considera absurdo e degradante que os profissionais ainda trabalhem correndo atrás dos caminhões, sendo que é possível adotar o modelo argentino com o uso de containers, por exemplo.
Como um dos protagonistas no processo de cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), Luiz Pedro enfatiza que “não foi o cidadão que errou em votar na mudança”, mas o chefe do Executivo que não correspondeu às expectativas do eleitor. Segundo ele, o pedido de cassação protocolado na Câmara Municipal foi o resultado da indignação de um cidadão que comprovou o desvio de recursos públicos.
“Respeito é a palavra que resume. Faltou respeito com a criança que sente dor no posto de saúde. Respeito com o cidadão que investe na cidade, com o idoso, com o trabalhador não oferecendo transporte de qualidade, empregos, sem trazer novas empresas. Respeito com a dona de casa que precisa limpar a casa o tempo todo em bairros sem pavimentação, com o motociclista que passa com veículo pela cidade”, alfineta.