Prefeita Rhaiza Matos (PSDB) é acusada de investigar e punir servidor público que fez críticas a ela em Naviraí. A medida suscita a ideia de uso da máquina pública para punir críticos ou adversários políticos.
O entendimento está em ação movida pelo ex-procurador-geral do município, o advogado Paulo Roberto Pereira, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele responde a processo administrativo por suposta ilegalidade ao enviar mensagens de celular privadas durante o expediente.
Paulo Roberto, diz a denúncia, teria enviado mensagens particulares em apoio ao candidato adversário de Rhaiza, Rodrigo Sacuno (PL). Ao saber disso, a prefeita e candidata indicou servidores da confiança dela para investigar o profissional.
Entre as críticas do advogado à prefeita estão licitações firmados na gestão da tucana e falta de transparência na gestão. Foram quatro mensagens enviadas ao grupo de WhatsApp ''III Apoio 22 Rodrigo Sacuno e vice Telma''.
O denunciante observa que as mensagens eram curtas e foram enviadas em curto intervalo de tempo. Apesar disso, o processo contra Paulo Roberto destaca que o envio de mensagens poderiam causar prejuízo ao serviço público.
De posse das mensagens, Rhaiza determinou, de forma quase instantânea a instauração de processo. No detalhe da denúncia, consta que a comissão de servidores que vão investigar o advogado, sendo que dois são de confiança dela.
O servidor em questão foi aliado de Rhaiza, sendo procurador-geral do Município. No entanto, divergências administrativas e políticas levaram o servidor a romper com a prefeita. Paulo Roberto aponta que a perseguição contra ele começou no período eleitoral deste ano.
O advogado de Paulo Roberto, Diego Gatti, alega que o uso do celular para enviar mensagem não prejudica o serviço público e que ações como esta podem cercear o direito de livre expressão dos servidores
''... o tempo levado no compartilhamento não supera alguns segundos. Percebe-se que não houve qualquer prejuízo ao serviço''. Foi dito que a filha do falecido deputado Onevan de Matos não apresentou qualquer indício de prejuízo ao serviço público.
Entramos em contato com um telefone atribuído à prefeita. O espaço está aberto.