O deputado federal Carlos Marun, do PMDB, comemorou o resultado do desfecho do julgamento da chapa Dilma-Temer realizados pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por 4 contra 3, Gilmar Mendes absolveu a chapa das acusações de abuso de poder político e econômico. Para Marun, a decisão foi considerada uma vitória para o governo.
"Entendo que no TSE, prevaleceu a verdade defendida pelo presidente Michel Temer. Foi importante, uma vez que os magistrados procuraram se manter na lide do processo. Não houve interferências externas e eles se mantiveram realmente no processo. Esta decisão foi vitoriosa para nós", explica.
Por outro lado, o parlamentar afirma que, embora a decisão tenha sido positiva, pode trazer consequências futuras em relação às delações. "A delação foi desvalorizada. O delator tem que provar o que disse ou a polícia tem que usar para obter provas justamente citadas pelo delator. Mas, por outro lado, isso traz consequências. Por exemplo: o cidadão comete crime, delata, fala, faz acordo da delação premiada e depois vai embora livre e leve solto, sem punição e com licitude, isso tem que ser analisado melhor".
O parlamentar ainda afirmou que, após o resultado, conversou com o presidente Temer, via telefone, e que agora deve se encontrar com ele na próxima semana. O encontro será para discutir a pauta referente às reformas que estão em tramitação no congresso nacional.
"Retorno na segunda-feira à Brasília. A imprensa diz e nós sabemos que o Ministério Público não vai cessar enquanto não depor o presidente. Mas, passado tudo isso, precisamos mudar a pauta e colocar como principal as reformas que ser colocadas em votação em breve", comenta.
CPMI - Carlos Marun disse que a CPMI também deve ser instalada na semana após o feriado para investigar as condições em que foram concedidas às delações aos irmãos da JBS. "Ela deve ser instalada, mas a gente também não fez pressão nessas semanas por conta do que estava acontecendo e para não dar outra ideia. Mas acredito que dentro de 15 dias, ela será instalada em Brasília", finaliza.