O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a adoção de medidas restritivas para tentar frear o avanço da Covid-19 no Brasil e disse que não haverá um lockdown nacional.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (7), um dia após o Brasil registrar 4,2 mil mortes nas últimas 24 horas.
As ações para restringir a circulação de pessoas têm sido defendidas por autoridades sanitárias para enfrentar a pandemia no país.
Conforme o G1, Bolsonaro voltou a defender o chamado "tratamento precoce", com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença e que, segundo a Associação Médica Brasileira, deveriam ter seu uso contra a Covid banido.
O presidente fez uma visita de trabalho no Centro de Eventos, em Santa Catarina, onde foi desativada uma unidade semi-intensiva para pacientes com Covid-19.
A governadora em exercício do Estado, Daniela Reinehr (sem partido), recebeu a comitiva presidencial no aeroporto Serafim Enoss Bertaso.
Todos estão usando máscara de proteção contra o vírus.O encontro ocorre no Centro de Eventos.
A montagem do espaço foi uma das principais medidas do município para enfrentar o colapso no sistema de saúde em fevereiro por falta de leitos para tratamento da Covid-19. No sábado (3), com a transferência do último paciente do local, a estrutura, que tinha 75 vagas, foi desativada.
Bolsonaro fez questão elogiar a gestão em Chapecó, que soma mais mortos pela Covid-19 do que a média nacional e estadual.
"Exemplo a ser seguido, por isso estou indo para lá. Para exatamente não só ver, mas mostrar a todo o Brasil que o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos. Mais ainda, naquele município, com toda certeza em mais [cidades], em alguns estados também, o médico tem a liberdade total para trabalhar com o paciente, total. Esse é dever do médico, uma obrigação e direito dele", disse o presidente em evento no início da semana, em que anunciou a viagem a Santa Catarina.