O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai sancionar o projeto que libera socorro financeiro de R$ 60 bilhões a estados e municípios em decorrência da pandemia do coronavírus.
A informação foi divulgada pelo presidente, nesta quinta-feira (21). Ele disse que vetará alguns pontos, mas não detalhou quais.
O único consenso é de que será vedada a possibilidade de conceder aumento a servidores públicos até o final do ano que vem, atendendo a um pedido do Ministério da Economia e dos estados, conforme divulgou a UOL.
O texto está na mesa do presidente para sanção ou veto desde o dia 6 de maio. O anúncio foi feito durante uma reunião entre Bolsonaro e os governadores, realizada por videoconferência.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM), respectivamente, além de ministros de Estado e alguns parlamentares, participaram da reunião.
"A cota de sacrifício dos servidores é não ter reajuste até 31 de dezembro do ano que vem. Foi conversado o que o servidor poderia colaborar nesse momento difícil. Tiveram proposta de redução de 25%. Em comum acordo com os poderes, concluímos que congelando o salário esse peso seria menor", disse o presidente.
Bolsonaro trava uma guerra com governadores e prefeitos devido a divergências em relação ao enfrentamento dos impactos do coronavírus. O presidente quer a flexibilização da quarentena, enquanto muitos defendem a necessidade de medidas restritivas, em menos ou maior escala.
Na reunião de hoje, chamou a atenção a cordialidade com que Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se trataram, após meses de trocas públicas de farpas.