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Política

13/08/2021 17:00

Bolsonaro pagou R$ 1 bilhão em emendas para deputados que apoiaram PEC do voto impresso

Dos 229 deputados favoráveis, ao menos 57% recebeu pagamentos de emendas individuais ao início de agosto, diz site

Rose Modesto e Bia Cavassa, do PSDB, Luis Ovando e Loester Trutis, ambos do PSL, fazem parte do grupo de parlamentares que podem ter recebido uma ‘forcinha’ extra para votarem favoráveis ‘voto auditável’ na última terça-feira (10), na Câmara dos Deputados. Às vésperas da votação, o governo abriu o cofre e pagou R$ 1,03 bilhão de emendas individuais, dinheiro que chegou diretamente à base eleitoral de parlamentares.

O TopMídiaNews avisou da possibilidade no dia da votação (clique aqui para ver) e informações do Estadão constam que a operação de transferência foi feita pelo mecanismo do “cheque em branco”, pela qual deputados e senadores transferem recursos a prefeitos e governadores sem fiscalização.

O governo conseguiu que 113 deputados do PSDB, uma sigla de oposição ao governo, PSD, DEM e MDB, votassem a favor, uma traição às lideranças de seus partidos que fecharam contra o voto impresso. Procurada pela reportagem, Rose negou o fato conforme nota oficial abaixo. Já os outros três não responderam os contatos.

É uma inverdade. Todas as minhas emendas foram pagas de forma legítima. Dentro do trabalho que cabe a um parlamentar. É uma de minhas funções trabalhar para trazer recursos para o estado e, inclusive, tenho feito uma prestação de contas sobre isso em cada município do estado. Prestação que é aberta e tem sido divulgada em vários veículos de imprensa. Não existe barganha. Nenhum de meus atos é condicionado a votação em plenário - Rose Modesto

De quanto foi o repasse?

O repasse de dinheiro atingiu um valor bem acima do total de R$ 2,8 milhões liberados nos seis primeiros meses do ano. 

Dos 229 deputados que disseram sim ao voto impresso, 131, isto é 57%, obtiveram pagamento desse tipo de emenda no dia 2 de agosto, três dias antes da matéria ser analisada em comissão especial. Esse montante se refere às emendas individuais apresentadas ao Orçamento de 2021, não incluindo os restos a pagar de anos anteriores. Do montante liberado, 90,1% foram para deputados (R$ 931,7 milhões), outros 9,% para senadores (R$ 102 milhões).

A PEC 135 foi arquivada por não atingir 308 votos. No placar, 218 votaram não, um absteve, um não votou e 64 se ausentaram. 

Curioso

Ainda conforme o Estadão, historicamente, agosto não está entre os meses que mais concentram pagamentos de emendas individuais apresentadas no mesmo ano. Março, abril, junho e dezembro são os períodos em que mais ocorrem essas liberações, de acordo com dados obtidos pela reportagem no Siga Brasil, painel do Senado com informações sobre orçamento, compiladas a partir de 2016. 

Deputados de oposição classificaram as liberações como “curiosas e misteriosas”.

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