A comissão especial que votou a reforma da Previdência dos militares na Câmara chegou a ser suspensa por conta de uma confusão envolvendo ao menos dez manifestantes, que protestavam contra a medida. De acordo com informações do UOL, em meio à gritos de "covardes" e "traidor", o grupo criticou a reforma o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Eu coordenei carreata para o senhor, eu gritei 'Bolsonaro 17', enquanto eles estavam sob o ar condicionado e hoje o senhor trai a tropa dessa maneira", disse uma mulher, visivelmente transtornada. Outra gritou "trairagem ao fundo" e uma terceira afirmou que nem Bolsonaro, nem os filhos, terão os votos da "família militar" outra vez.
A sessão rejeitou um destaque que estenderia uma gratificação para todos os integrantes das Forças Armadas, não apenas oficiais e militares em postos de comando e revoltou os manifestantes. O impacto da mudança seria de R$ 130 bilhões. A reforma dos militares prevê aos cofres públicos uma economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos.
Proporcionalmente, no setor público, os militares são os mais oneram a Previdência, e ainda assim, a categoria conseguiu manter algumas vantagens em relação ao demais servidores, como aposentadoria com o último salário integral e reajustes para aposentados e pensionistas, seguindo os aumentos para militares na ativa.