O presidente Jair Bolsonaro comandará nesta terça-feira (8) no Palácio do Planalto a segunda reunião ministerial do novo governo.
A expectativa é que, na reunião, os ministros avancem nas discussões sobre:
• propostas que serão implementadas nas próximas semanas;
• revisão de contratos, exonerações e liberações de recursos;
• revisão de normas burocráticas para dar mais eficiência ao governo.
Segundo a colunista Andréia Sadi, no encontro também, o presidente deve cobrar de cada ministro as metas dos próximos 100 dias.
Bolsonaro assumiu a Presidência há uma semana e pretende reunir sempre às terças-feiras o Conselho de Governo, composto por ele, pelo vice-presidente Hamilton Mourão, pelos ministros de Estado e pelo chefe de gabinete da Presidência.
Reunião anterior
A primeira reunião ministerial do governo foi realizada no último dia 3 com a presença dos 21 ministros empossados e de Roberto Campos Neto, indicado para o Banco Central.
Após o encontro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou uma série de medidas:
• Revisão em cada ministério das liberações de recursos e das exonerações realizadas nos últimos 30 dias de 2018;
• Preenchimento dos cargos de segundo e terceiro escalões por meio de "critérios técnicos";
• Reunir nas capitais as estruturas dos ministérios nos estados, a fim de se permitir a venda de imóveis federais (cerca de 700 mil);
• Revisão de todos os contratos de locação da União;
• Revisão e "pente-fino" em todos os conselhos que atuam junto à administração direta (órgãos do Executivo).
Movimentação 'incomum'
Em entrevista ao final da reunião, Onyx Lorenzoni afirmou que houve uma "movimentação incomum" de exonerações, indicações e liberação de recursos nos últimos 30 dias da gestão Temer.
Antecessor de Onyx, o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha respondeu, afirmando em nota que não houve "nenhuma anomalia".
Exonerações
Segundo Onyx, na primeira reunião ministerial, Bolsonaro autorizou os ministros a repetirem o ato da Casa Civil que exonerou funcionários em cargos comissionados ou com funções gratificadas a fim de promover o que ele chamou de "despetização" do governo.
A Casa Civil exonerou cerca de 320 funcionários na semana passada. Os exonerados interessados em retornar passarão por uma "avaliação" para aferir perfil e como cada um foi indicado para o cargo.
Embora Onyx tenha falado em "despetização" do governo, numa referência ao PT, os funcionários do governo Dilma Rousseff foram orientados pelo partido a deixar os cargos ainda em maio de 2016, quando Michel Temer (MDB) assumiu o governo, em razão do impeachment.
Além disso, o próprio governo Temer buscou exonerar pessoas vinculadas ao governo Dilma.