Em Terenos para a entrega de títulos da reforma agrária no assentamento Santa Mônica, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) aproveitou para criticar a CPI da Covid. Ele não chegou a mencionar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), mas a plateia puxou um coro de “fora Renan” indicando que compreendeu as indiretas.
“CPI em Brasília não é para apurar propina em vacina, não. Disso a imprensa está com saudades. Faz uma CPI com aquela composição que, puxa vida, para não falar puxa outra coisa, para apurar omissões do governo federal. Mas na hora de convocar governadores, ele é contra e o crápula ainda diz: ‘essa CPI não é para investigar desvios de recursos’ até porque para investigar o governo em desvio de recursos, pelo que eu sei, vai perder tempo. Agora se for para alguns estados”, declarou Bolsonaro, nesta sexta-feira (14).
A CPI da Covid está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Ontem (13), a comissão ouviu o gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Ele afirmou que o Brasil ignorou ofertas da empresa feitas em agosto e que Carlos Bolsonaro, filho do presidente, participou de reunião sobre vacinas no Planalto.
Entre os destaques da sessão, o G1 apontou que o primeiro contrato entre a Pfizer e o governo brasileiro foi fechado apenas em 19 de março de 2021 e há um segundo em negociação. Flavio Bolsonaro participou e xingou o presidente da CPI. Em resposta, Renan abriu a reunião mostrando o número de mortos por Covid-19 no país. O senador também criticou a viagem de Jair Bolsonaro a Alagoas.