Quem mandou matar Bolsonaro? A pergunta que nunca se calou entre os bolsonaristas de MS pode ser em breve respondida. Já que o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) autorizou quebras de sigilo e apreensões contra o advogado de Adélio Bispo, autor do atentado contra o presidente em 2018. Os deputados Coronel David (sem partido), Capitão Contar (PSL) e Loester Trutis (PSL) comemoraram a decisão.
As medidas relacionadas a quebra de sigilo da defesa de Adélio estavam suspensas desde 2019.
Em Mato Grosso do Sul, as redes sociais dos apoiadores de Bolsonaro logo se encheram de comentários e posts sobre o caso. O deputado Capitão Contar, afirmou que "os brasileiros têm o direito de saber quem mandou matar o Presidente Bolsonaro!".
Ele afirma que o Tribunal agiu corretamente ao derrubar a liminar que proibia o acesso aos documentos. "Obstáculos que dificultavam a investigação e a identificação dos verdadeiros responsáveis! Não podemos deixar esse crime sem respostas! Quem mandou matar o Presidente Bolsonaro? Quem pagou os advogados do Adélio? O Brasil precisa saber!", disse Contar.
"Será que agora vai? O comentário é com vocês", disse o deputado estadual Coronel David (sem partido) na página do Facebook.
(Publicação de Coronel David. Foto: Reprodução)
Já Trutis indicou que Bispo seja comunista. "Quem pagou os advogados desse terrorista comunista?".
Decisão
O TRF-1 decidiu nessa quarta-feira (3) durante julgamento da segunda seção do tribunal, que os advogados de defesa de Adélio Bispo[ autor da facada contra Jair Bolsonaro, durante campanha em 2018, na cidade de Juiz de Fora-MG] tivessem a quebra de sigilo bancário, a apreensão do celular e de outros documentos.
O advogado principal Zanone Manuel de Oliveira Júnior, ainda não se manifestou sobre a determinação, diz matéria do Estadão. Em 2018, a PF (Polícia Federal) apreendeu os materiais em dezembro, mas houve a suspensão das quebras de sigilo pelo próprio TRF-1 e o material não foi usado na investigação.
Já o advogado Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, que também atua na defesa de Adélio, afirmou que não vê motivos para a reabertura do caso.
"Nós cremos na seriedade e competência da Polícia Federal e temos a certeza de que não há uma prova sequer para reabertura do caso, sobretudo por nada existir que embase isto", afirmou.