A voz grave, os gestos largos, os gracejos e as broncas que distribui entre colegas e depoentes fizeram do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), uma das figuras políticas de maior evidência no Congresso na atualidade.
Enérgico, Aziz não economiza palavras para rebater senadores e convidados que mentem.
Segundo o site Congresso em Foco, o senador diz que Bolsonaro deu vida à CPI e que os erros do presidente, como declarações, omissões, demora para comprar vacinas e deboche com as vítimas, mataram muitas pessoas.
Uma sucessão de erros que começaram, segundo ele, ainda na gestão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e se agravaram com o “gabinete paralelo de pitaqueiros” que aconselhavam o presidente. “Isso levou à morte de muita gente”.
Para Omar Aziz, a CPI já tem indícios de que Bolsonaro cometeu crimes de prevaricação e contra a saúde pública. Embora evite comentar se o nome do presidente constará da relação de pedidos de indiciamento da comissão, o senador adianta que o colegiado pode entrar com notícia-crime contra Bolsonaro e outros investigados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Diversos senadores têm receio de que as investigações contra o presidente fiquem na gaveta do procurador-geral da República, a exemplo do que ocorreu com outras denúncias. Mas Aziz diz que a pressão será grande: “É impossível engavetar um negócio desse, que o Brasil todo está atrás”.
“Quem fez a CPI crescer foi Bolsonaro, com a postura dele, as falas mais marcantes apresentadas na CPI são do presidente da República. Ele deu vida, deu encorpada na CPI, com negacionismo, propagação de medicação e depois tentou cancelar a CPI. Houve embate e a CPI cresceu nesse embate”.