A assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL) deixou o estado do Rio no fim desta semana para preservar sua segurança física. Sobrevivente do ataque que matou a amiga e o motorista Anderson Gomes, ela segue sob cuidados psicológicos e atenção médica. “Está muito abalada, precisando de um cuidado especial”, relatam pessoas próximas.
Na última quinta-feira, a assessora prestou depoimento por quase cinco horas na Delegacia de Homicídios, que investiga o caso. Ferida por estilhaços, única sobrevivente do crime, ela ressaltou aos policiais que não percebeu a perseguição dos criminosos e que a colega não recebia ameaças.
Entre aqueles que atuavam ao lado de Marielle na política, o clima é de apreensão. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) admite que tem se sentido mais inseguro nos últimos dias. O deputado estadual providenciou um reforço em sua equipe, que conta com nove policiais.
— Estou tomando mais cuidado — revela: — Enquanto o caso não for desvendado, será assim. Estou muito abalado emocionalmente, mas também com receio. O assassinato foi cometido por vingança, para que um recado fosse dado. Por isso, precisa ser esclarecido. Há um crime contra a democracia aí. Não queriam calar a Marielle. Queriam calar tudo o que ela representava. No momento, não tenho descrença nenhuma sobre as investigações. Ao contrário. Tenho plena confiança de que o crime será esclarecido.