A diretoria da Assembleia Legislativa preparou um mega esquema de segurança para a sessão ordinária desta terça-feira (28), quando deverá ser votado o projeto de lei da reforma da Previdência. Entre as mudanças da proposta, está previsto o aumento da contribuição dos servidores públicos estaduais de 11% para 14%, além de unificação dos fundos previdenciários.
Segundo a presidência da Casa de Leis, apenas 196 pessoas poderão entrar no plenário, que é o número equivalente ao total de cadeiras disponíveis. O trânsito em frente à Assembleia deverá ser reduzido e dois telões, além de uma tenda, serão instalados do lado de fora do prédio.
Os manifestantes só poderão entrar na Assembleia até 9h e o estacionamento subterrâneo será fechado para atuação da tropa de choque da Polícia Militar, que deve reforçar a segurança no local. Grades de contenção serão instaladas no plenário e, se alguém invadir o local em que ficam os deputados, todos serão retirados da Casa de Leis.
Pelo menos 50 policiais devem ficar dentro da Assembleia Legislativa para conter eventuais excessos.
Acordo
Reunião entre o Fórum dos Servidores e os deputados, prevista para a manhã desta segunda-feira (27), não ocorreu. Apesar disso, o deputado Amarildo Cruz (PT) está tentando marcar um encontro com os sindicalistas para tentar mediar um acordo entre funcionalismo e governo do Estado.
Mesmo sem a reunião, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve enviar duas emendas ao projeto original. A primeira deve limitar o reajuste de 11% para 14% de contribuição apenas para salários acima de R$ 15 mil e outra deve criar uma cláusula para que o governo seja obrigado a ressarcir os R$ 370 milhões do fundo que for utilizado no pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas. A unificação dos dois fundos previdenciários deverá ser mantida.