Reeleita deputada federal por Mato Grosso do Sul, a 4ª mais votada para o cargo, Tereza Cristina (DEM) retoma o cargo com condições mais favoráveis a partir de 2019. Líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ela comemora a manutenção dos membros da bancada na Câmara e Senado, e é cotada até mesmo como ministra da eventual presidência de Jair Bolsonaro (PSL).
De 245 parlamentares, 117 permanecem na bancada. Entre senadores, com a migração de deputados membros eleitos à Casa, o percentual é ainda maior. Dos 27 senadores hoje atuantes na FPA, 18 permaneceram, 67%. Entre os deputados federais, dos 218 em exercício, 100 foram reeleitos, sem contar a perspectiva de novos membros em 2019.
Em uma margem de mais de 20 partidos, a FPA tem em sua maioria representação do MDB, com 20%; DEM e PP com 12%; PR com 11%; PSD, 8%; PDT, 6%; PSDB e Solidariedade, 5%; além da presença do PSL, Pode, PPS, PTB, PROS, PHS, PRB, PT, PPL e PSC.
De volta ao legislativo, o fortalecimento da bancada liderada por Tereza Cristina é favorável a questões até então travadas em polêmicas. Entre elas, discussões referentes à demarcação de terras indígenas e a liberação de agrotóxicos – pauta que lhe rendeu o apelido de ‘Musa do Veneno’ pela oposição.
Este último Projeto de Lei, 6299, recebeu pelo menos duas dezenas de 20 manifestações da comunidade científica, entre elas o Instituto Nacional do Câncer, a Fiocruz e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Sobre a questão fundiária, além de pedir a revisão do cálculo de terras cedidas às populações indígenas, a bancada quer tirar da Funai (Fundação Nacional do Índio) a responsabilidade da demarcação.
Ministério
No início de outubro, a FPA declarou apoio ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), que concorre ao 2º turno. Desde então, especula-se que Cristina tenha ganhado força para ser indicada ao Ministério da Agricultura – que pode, ainda, ser unificado com o Ministério do Meio Ambiente caso Bolsonaro se eleja.
Caso chegue a assumir o cargo, a chapa PSDB/PATRI/PSD/PMB/DEM/PP tem como 1º suplente Geraldo Resende (PSDB), que não foi reeleito devido o cálculo da legenda partidária, mas a substituiria na cadeira da Câmara Federal.