Após a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofrer um atentado na porta de casa, em Buenos Aires, por volta das 21h dessa quinta-feira (1), a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) reafirmou que pedir "reforço na segurança" não é exagero. Ela deve começar a usar colete a prova de balas.
A senadora sul-mato-grossense concorre ao cargo de presidente da República, e no último domingo (28), durante a participação no debate da Band e TV Cultura, parafraseou precisar reforçar a segurança, e que não tinha medo de enfrentar a violência de gênero na política.
A fala de Soraya aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro (PL) atacar a jornalista Vera Magalhães e a senadora Simone Tebet (MDB).
Colete a prova de balas
Em post no Twitter, Soraya Thronicke repudiou o ataque contra a vice-presidente, e disse que em 2018 teve de usar colete a prova de balas para ter mais segurança contra atentados. Agora, que concorre contra Bolsonaro, teme apoiadores mais extremos.
Atentado contra Cristina
Conforme publicação da CNN Brasil, a Polícia Federal Argentina informou que um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido. Ele é apontado pela polícia como o autor da tentativa de disparo.
Vídeos das pessoas que estavam próximo à aglomeração ao redor da vice-presidente flagraram o momento em que um homem aponta a arma para a cabeça de Cristina e atira. Ela chega a levar as mãos para a cabeça, mas a arma falha.
Conforme o presidente da Argentina Alberto Fernández, a pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou apesar de ter sido acionada.
Centenas de pessoas se reuniram próximo da casa de Cristina para demonstrar apoio. A vice-presidente está em meio a um julgamento por corrupção.
Fernández declarou feriado nacional em solidariedade à Kirchner. Ainda disse que o ataque “merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos. De todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”
O ministro da Economia do país, Sergio Massa, em seu perfil no Twitter chamou o incidente de “tentativa de assassinato”. “Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, disse o ministro em um tuíte.
Ainda segundo a CNN, o diretor da Agência Federal de Inteligência, em entrevista à Televisión Pública, afirmou que as forças policiais tentam solucionar o caso o mais rápido possível.