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há 2 dias

Apesar de 'chuveirada' da PF, Tenente Portela se diz tranquilo sobre acusação de golpe

Ele e mais 39 foram indiciados por atos cometidos em 2022, no governo Bolsonaro

Presidente do PL de Campo Grande, Tenente Portela, se disse tranquilo após ser indiciado por participação em plano de golpe de estado. Jair Bolsonaro, general Braga Netto e mais 38 pessoas sofreram a mesma medida. 

Portela, amigo pessoal de Jair Bolsonaro (PL) tomou, conforme o jargão policial, uma ''chuveirada'' [surpresa negativa] da Polícia Federal. O militar da reserva era testemunha na investigação, mas foi alçado à condição de investigado. No dia 11 de novembro, a PF divulgou que ele entrou em uma segunda listagem de indiciados, totalizando 40 nomes. 

Calmo, mas incomodado

''Eu era testemunha e fui chamado [pela PF] para falar dia 28 de novembro. Chegando lá fui passado para investigado. Daí eu optei pelo direito amparado na Constituição [ficou calado no depoimento]'', comentou Portela ao TopMídiaNews. 

O militar da reserva se disse bastante tranquilo, mas ficou visivelmente incomodado ao ser questionado sobre o indiciamento. 

''Estou tranquilo, não fiz nada de errado, com a consciência tranquila'', garantiu o político.

Questionado sobre conversas dele interceptadas na investigação, o militar disse que aquilo ''é outra coisa que vai ser esclarecido na hora certa''. A filha dele, vereadora diplomada Ana Portela (PL), também se incomodou com o assunto e tirou o pai da roda de jornalistas. 

Portela estava incomodado, mas se disse tranquilo Conversa de Portela tida como ato golpista pela PF (Foto: Reprodução PF)

Golpe

Para a Polícia Federal, Aparecido – que serviu o Exército Brasileiro em Nioaque junto com o ex-presidente, na década de 70 e é suplente de Tereza Cristina (Progressistas) no Senado Federal - seria um intermediário entre o então governo Bolsonaro e financiadores do golpe de estado, em 2022. 

Ainda segundo divulgado, foi revelada conversa entre ele e o então ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, em que Portela cobra quando seria a data do ''churrasco'', já que quem ''comprou a carne'' estava lhe cobrando. Os investigadores garantem que a fala seria um código para ''golpe de estado''. 

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