Ao deixar o Palácio da Alvorada na tarde deste sábado (24), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a Amazônia “não está pegando fogo como estão dizendo por aí”. Segundo o chefe do Executivo, a média das queimadas está abaixo da dos últimos anos e “está indo para a normalidade essa questão”.
As declarações do presidente, no entanto, vão de encontro aos dados divulgados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), baseados em imagens de satélite. No período de janeiro a agosto de 2019, as queimadas no Brasil saltaram 82% em relação ao mesmo período de 2018: de 1º de janeiro deste ano até sábado da semana passada (17), o país registrou 71.497 focos de incêndio, contra 39.194 em 2018.
É a maior alta e o maior número de focos registrados em sete anos pela nação. Bolsonaro também rebateu críticas que tem recebido de líderes mundiais, como o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a forma como o país tem tratado das queimadas na região. “O que podemos fazer estamos fazendo. A Amazônia é maior do que a Europa, não conseguiria fazer a prevenção de incêndio nem se eu tivesse 10 milhões de pessoas disponíveis”, disse.