A candidata à presidência, Soraya Thronicke, do União Brasil e a candidata à vice de Simone Tebet, Mara Gabrilli, usaram R$ 114 milhões do chamado ''orçamento secreto'', cujo nome oficial é Emenda de Relatoria, a ''R-P9''.
Conforme o Estadão, somente a senadora Soraya, indicou emendas de relatoria de R$ 95,2 milhões, em três anos. Já Gabrili, indicou R$ 19,2 milhões por meio da Emenda de Relatoria.
A grande questão é que Simone Tebet, que é candidata à presidência, compara – de forma errônea – a emenda de relatoria com o escândalo do Mensalão.
A emenda de relatoria foi aprovada pelo Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro vetou, mas o parlamento derrubou o veto, com votos de parlamentares de diversos partidos.
A RP-9 consiste na liberação de verbas federais para deputados e senadores sem transparência. O esquema começou a funcionar em 2020, com R$ 20,1 bilhões, e chega a R$ 16,5 bilhões neste ano, período de eleições.
Soraya
Ainda segundo o Estadão, no primeiro ano, Soraya indicou R$ 7,9 milhões, conforme ofícios encaminhados pelo gabinete da senadora ao Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu transparência do processo. No ano seguinte, a quantia saltou para R$ 45,6 milhões. Em 2022, até agosto, ano de eleições, a candidata a presidente foi beneficiada com R$ 41,7 milhões para seus redutos eleitorais.
Em resposta a uma cobrança de internautas nas redes sociais, Soraya disse que ‘’minhas emendas foram destinadas 100% ao meu Estado, e todas foram anunciadas e que não tem nada de secreto nas indicações dela.
Mara
O Estadão informou ainda que a candidata à vice de Simone, senadora Mara Gabrilli, indicou 19,2 milhões em 2020.
Os dados vêm de documentos enviados ao STF. A senadora tucana enviou as verbas para 19 municípios, irrigando os redutos eleitorais com recursos para postos de saúde e hospitais.