Estão presos na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Campo Grande, o empreiteiro João Amorim, o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, Beto Mariano, ex-deputado estadual e ex-servidor da Agesul, e também o engenheiro Flávio Henrique Garcia Scrocchio, que trabalhava para Proteco Engenharia, construtora de Amorim.
Os detidos, segundo denúncia do MPF (Ministério Público Federal), integram uma organização que fraudava licitações e superfaturava obras tocadas pelo Estado no período da gestão do governador André Puccinelli, do MDB.
As prisões seriam efetuadas por policiais federais, contudo, o grupo firmou um acordo e resolveu se entregar.
O TopMídiaNews apurou que, além do quarteto, outras quatro pessoas, mulheres, também foram detidas, mas vão ficar em regime domiciliar.
São elas: Raquel Giroto, mulher do ex-deputado; Ana Paula, filha do empreiteiro; Elza Cristina Santos, sócia de Amorim. A PF ainda não divulgou o nome da quarta detida.
O grupo é investigado desde o início da Lama Asfáltica, operação da PF, em 2012, mas que foi deflagrada em julho de 2015.
A Justiça Federal chegou a decretar a prisão dos detidos, mas, por força de liminares, eles foram postos em liberdade.
Na terça-feira passada (6), o STF (Supremo Tribunal Federal), derrubou a liminar e determinou a prisão dos implicados.
Benedicto Figueiredo, advogado do empreiteiro João Amorim, disse que, desde quarta-feira (7), a defesa negocia a rendição dos envolvidos. No caso, para escapar de uma operação que cumpriria a prisão nas casas dos envolvidos, eles resolveram se entregar.
Amorim deixou a casa, uma mansão no bairro Itanhangá, acompanhado do advogado e seguiu para a PF.
Edson Giroto foi para a PF sozinho e lá chegando esbravejou com a imprensa que o filmava ou fotografa. O ex-deputado agrediu um fotógrafo, que registrou o caso na própria PF.
Amorim tinha sido preso em maio de 2016, contudo, 45 depois, por força de uma liminar conquistou a liberdade. Na terça-feira passada (6), o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a liminar e determinou a captura do empreiteiro.
Amorim, dono da Proteco Engenharia, vencia quase todas as licitações que envolviam obras, principalmente pavimentação de vias urbanas e estradas. A organização, supostamente chefiada pelo ex-governador, segundo investigações da PF e denúncia do MPF, teria desviado em torno de meio bilhão de reais dos cofres estaduais.