Os deputados federais Vander Loubet e Camila Jara, ambos do PT, assinaram a PEC que institui a ''semana de quatro dias de trabalho'' na Câmara dos Deputados. Os dois veem na medida uma forma de beneficiar trabalhadores, empresas e a economia.
Vander destaca que, além de dar mais descanso aos funcionário, a PEC traz benefícios para as empresas.
''A redução da jornada de trabalho vai melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. As pessoas precisam ter mais tempo para conviver com a família... '', comentou o petista. Sendo assim, ele crê que os empregados produzirão mais em razão da maior qualidade de vida.
Ainda segundo o petista, a mudança não afetaria a economia, como dizem os opositores.
''Já há países onde empresas já têm a jornada de 5x2 ou começaram a adotar até a de 4x3. Portanto, nada mais justo que debatermos isso no Brasil também'', garantiu Loubet. O deputado relembrou que a sugestão de criar o 13º salário também foi criticada por suposto prejuízo à economia e hoje é uma realidade na vida do trabalhador.
PEC é da deputada do PSOL Érika Hilton (Foto: reprodução Câmara)
PEC
O texto da PEC é da deputada federal Érika Hilton (PSOL) e propõe semana de trabalho de quatro dias e jornada semanal de, no máximo, 36 horas semanais em detrimento das 44 horas permitidas pela lei atual. No entanto, a lei só abrangerá – caso aprovada – trabalhadores que atuam no regime da CLT, ou seja, quem trabalha com ‘’carteira assinada’’.
A proposta gerou grande discussão nas redes sociais – sobretudo no X (antigo Twitter) no fim de semana – dias 9 e 10 de novembro. Opositores e defensores da ideia discutiram o tema e houve ataques de ambos os lados.
É preciso esclarecer que, tanto nas falas da deputada quanto nas redes sociais, é atribuído a ela o projeto do fim da escala de trabalho de 6 dias de trabalho por um de folga. Essa ideia é de um vereador eleito Rick Azevedo, do mesmo partido dela, no Rio de Janeiro.
Outros dois deputados de MS já assinaram a PEC da semana de 4 dias: Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira. Acionamos os parlamentares e as respectivas assessorias, mas não houve resposta até o momento. Os posicionamentos serão inseridos nas matérias assim que chegarem.