Acusado de chantagem, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, negou, nesta quinta-feira (28), que tenha condicionado a liberação de empréstimos de bancos públicos para os governadores em troca do comprometimento na busca de votos para aprovar a reforma da Previdência.
“Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que financiamentos estão condicionados ao apoio à necessária reforma da Previdência. Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da nação”, declarou.
No entanto, Marun voltou a afirmar que vai dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, “pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita”.
Para o secretário de Governo, a reação contrária ao seu posicionamento parte “daqueles que querem continuar omitindo a participação do governo federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos” e que buscam resultados eleitorais.
Conforme a Agência Brasil, o ministro cita como exemplo a repactuação das dívidas, o parcelamento do débito da Previdência e o parcelamento da multa no processo de repatriação de divisas, ressaltando que o governo sempre prestigiou e apoiou os estados e municípios.
Ontem (27), um grupo de governadores do Nordeste encaminhou uma carta ao presidente Michel Temer (MDB) repudiando o pedido de Marun de “reciprocidade” com relação à reforma da Previdência, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.