Principal testemunha da morte da jornalista Vanessa Ricarte, aos 42 anos, chorou logo após participar da reconstituição do crime, na tarde desta terça-feira (25), no Bairro São Francisco, em Campo Grande. Ele lamenta que não conseguiu salvar a vítima.
O homem, que tem cerca de 50 anos, não quis se identificar. Ele detalhou que conseguiu reproduzir em detalhes o que a Polícia Civil lhe questionava. Participaram do ato os advogados de defesa de um amigo de Vanessa, que sobreviveu ao ataque.
A testemunha, que mora a cerca de 20 metros da casa da jornalista relatou que primeiro escutou ''gritos de terror''.
''Eu só corri, bati no portão para distrair ele. Voltei e acionei a polícia. Era desesperador o grito dela'', comentou o morador. Ele acrescentou que não conseguiu pular o muro da casa e salvá-la das facadas do ex-noivo.
''Nada que eu fale vai trazer ela de volta... não tenho muito o que falar. Sentimento de não ter podido ajudar'', lamentou novamente e chorou.
Polícia fez reconstituição simulada de feminicídio de jornalista (Foto: Alice Assis)
O caso
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande, a DEAM, promoveu a reconstituição simulada do feminicídio, na tarde desta terça-feira (25), na casa da vítima, no Bairro São Francisco. A delegada Analu Ferraz estava no comando dos trabalhos, acompanhada da Polícia Científica. Homens do Garras, fortemente armados, deram apoio à ação.
A delegada Analu não quis conversar com a imprensa. O advogado Pablo Gusmão, que representa um amigo da jornalista e que sobreviveu ao ataque, comentou que os trabalhos foram elucidativos e esclarecedores.