Na rede social, Pâmela Ortiz Carvalho, 36 anos, apresentava ser uma cidadã que se indignava com as injustiças do mundo. Em um vídeo publicado em agosto do ano passado, a suspeita de ter matado a aposentada Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, chegou a pedir respeito a várias pessoas, inclusive aos idosos.
No vídeo, Pâmela conta ser mãe de quatro filhos, um deles com paralisia cerebral. Ela relata que ficou com o carro na oficina durante algum tempo e, neste período, precisou se locomover usando veículos de aplicativos. Em uma de suas viagens, ela e um dos filhos teriam sido maltratados por uma motorista, fator que teria revoltado a suposta assassina, que pediu respeito à ‘crianças, gestantes e idosos’.
Quase 20 anos de golpes
Passando por ‘boa moça’ na rede, o passado de Pâmela, pelo visto, não é o que ela demonstrava ser. Com uma ficha criminal extensa, a suspeita carregava dez processos nas costas.
Há quase duas décadas aplicando golpes, a assassina confessa agia na cidade como uma espécie de besta-fera, expressão usada, em sentido figurado, para apontar pessoas tidas como desumanas e sanguinárias.
Ela trapaceava idosas viúvas e pensionistas, emitia cheques roubados e sem fundo, gabava-se ao dizer sem ser que era investigadora da Polícia Civil e ainda ameaçava de morte desafetos.
Assassinato da idosa
Dirce estava desaparecida desde a manhã do último sábado (23). Ela havia sumido depois de entrar no carro de Pâmela. O cadáver da idosa foi encontrado na tarde de ontem (25), em um terreno ao lado de uma fábrica de peças íntimas, na Rua 7, no Indubrasil, na Capital.
O achado do corpo foi denunciado ao serviço 190 da Polícia Militar. A vítima estava em cima de uma pilha de lixo, misturada a isopor e embalagens plásticas.
Veja o vídeo: